“Manobrar com equipamentos de movimentação de cargas é uma actividade com riscos elevados”

Conteúdo Premium Entrevistas Notícias Segurança no Trabalho

Os equipamentos de movimentação de cargas são um elemento essencial em qualquer operações logística. Segundo Ana Paula Soares, directora de comunicação e marketing, Toyota Caetano Portugal, explica à Security Magazine que “para a Toyota, a segurança é um aspecto fulcral durante a operação com estes equipamentos que movimentam cargas, por vezes, muito pesadas”. Como aponta, “Conduzir um empilhador de forma incorrecta, aumenta o risco de instabilidade da carga ou da máquina e consequentemente de ocorrer um acidente grave”.

Security Magazine – Qual a importância que a segurança assume ao nível dos equipamentos de movimentação de cargas da Toyota?

Ana Paula Soares – O movimentação de cargas em qualquer utilização começa em primeiro lugar por garantir um ambiente seguro. Desta forma, para a Toyota, a segurança é um aspecto fulcral durante a operação com estes equipamentos que movimentam cargas por vezes muito pesadas.

Os custos de um possível acidente podem ser elevados, sejam por perdas de carga, perdas de produção, danos nas máquinas ou mais grave, ferimentos em pessoas.

Manobrar com equipamentos de movimentação de cargas é uma actividade com riscos elevados, por essa razão é extremamente importante identificar perigos e avaliar os riscos existentes.

A Toyota é reconhecida pela preocupação com a segurança e dedicação ao desenvolvendo de soluções para detec tar perigo e minimizar o risco de acidente.

A condução de um empilhador de forma segura e eficiente, não só contribui para a segurança e a saúde dos trabalhadores, mas também reduz custos relacionados com danos e volume de trabalho.

Em traços gerais, quais as principais características de segurança que estão incorporadas nos vossos equipamentos?

Esta é uma resposta que não é simples de fornecer em poucas linhas, porque a segurança em equipamentos de movimentação de cargas começa logo no design e concepção da estrutura do empilhador. Para além disso, existem diversas características direccionadas a aumentar a segurança, que são incorporadas de série ou como opção, desde o simples cinto de segurança aos diversos sistemas para melhorar a visibilidade ou para avisar os peões da presença de empilhador, entre outros.

No entanto, como destaque – uma vez que é exclusivo dos empilhadores Toyota – podemos referir o sistema Toyota SAS. Este sistema é de facto inovador porque foi pensado sob o ponto de vista de prevenção, evitando que o acidente ocorra.

Conduzir um empilhador de forma incorrecta, aumenta o risco de instabilidade da carga ou da máquina e consequentemente de ocorrer um acidente grave. O Sistema SAS detecta precocemente o risco de instabilidade e actua de forma automática para manter a estabilidade do conjunto máquina/carga. Esta solução ainda é revolucionária nos dias de hoje. Adicionalmente, este sistema que foi pensado em termos de segurança, acabou por também ter impacto positivo na produtividade das operações, em virtude dos operadores trabalharem com mais confiança com os empilhadores Toyota.

A Toyota disponibiliza programas de formação e certificação para os operadores de empilhadores?

Sim. A Toyota tem disponível um serviço de formação e certificação de operadores personalizado, à medida do cliente. A formação é dinamizada nas instalações do cliente, o que permite a adaptação do conteúdo às suas actividades, infra-estruturas e equipamentos. Aspectos locais que possam ter influência na segurança da utilização, tais como as máquinas utilizadas, os espaços de trabalho, o tipo de carga manipulada, são analisados e integrados para que os operadores tenham conhecimento pleno destes aspectos e possam prevenir acidentes.

Olhando para o mercado nacional, como avalia a preocupação dos clientes finais com as questões da segurança? Considera que tem sido uma preocupação crescente?

A integração dos requisitos de segurança durante a utilização destas máquinas pelos nossos clientes tem sido cada vez maior, nos últimos anos. O acréscimo da actividade da formação de operadores demonstra uma preocupação crescente com os requisitos e necessidades na área da segurança.

É cada vez mais valorizada a ausência de ocorrências que possam originar danos e perdas, e isso passa em grande parte por uma utilização correcta e segura destes equipamentos, com operadores certificados, que possuem conhecimentos dos comportamentos seguros.

Observando aquilo que é o desenvolvimento de um novo equipamento, que preocupações e dispositivos são projectados no sentido de minimizar a fadiga e desconforto do operador após largas horas a conduzir?

Este aspecto está relacionado com a ergonomia e conforto que é outro dos pilares que a marca sempre considera no desenvolvimento de produtos, nomeadamente no design do compartimento do operador. Para tal socorre-se sempre do feedback recolhido no terreno e reportado pelas empresas que trabalham a marca por todo o mundo. Foi assim que nasceu o nosso empilhador retráctil da gama BT Reflex com cabine basculante, que também é um exclusivo da marca Toyota.

Os operadores de empilhadores retrácteis que colocam e recolhem cargas em estantes de altura elevada, reportavam com frequência fadiga e tensões na zona do pescoço e ombros, por necessitarem de olhar frequentemente para cima. Como forma de ultrapassar esta dificuldade, a marca desenvolveu um modelo exclusivo de empilhador retráctil – a versão E, com uma cabine basculante. Como funciona? Quando o mastro é elevado a partir de uma determinada altura (configurada nos parâmetros da máquina) a cabine inclina automaticamente para trás, permitindo que o operador tenha uma boa visão para cima/ponta dos garfos, mantendo a cabeça apoiada no encosto do banco, evitando assim o cansaço e tensões acumuladas.

Um outro exemplo, mais recente, está relacionado com o crescimento da integração de mulheres nas equipas de operadores de empilhadores retrácteis. Como normalmente elas são de estatura menor, surgiram dificuldades em aceder aos pedais da máquina mantendo uma posição de condução confortável. Em resposta a esta dificuldade, a Toyota desenvolveu a solução de elevação do piso para a altura ideal pretendida, com um simples premir de um botão.

Ao nível de novos dispositivos, que inovações recentes foram introduzidas nos equipamentos de forma a aumentar a segurança do equipamento – do ponto de vista do operador como do equipamento propriamente dito (ex. luzes, sinais sonoros, entre outros)?
O lançamento mais recente da marca está relacionado com um Sistema de Assistência ao Operador (SenS+) disponível para toda a gama de empilhadores Toyota. Este sistema está direccionado a ajudar os operadores de empilhadores a minimizar colisões durante a marcha-atrás, recorrendo a sensores e a uma câmara estereoscópica que detecta e distingue pedestres e objectos numa área de detecção dinâmica; isto porque, a prioridade é a segurança das pessoas.

Em termos de novos equipamentos e/ou serviços que novidades estão previstas para este ano no mercado nacional?
Este ano, está praticamente a terminar. Mas para o próximo ano, traremos novidades que contamos informar ao mercado oportunamente

Como avalia a actividade da Toyota em Portugal durante este ano e que investimentos estão previstos – nomeadamente ao nível de alargamento de instalações, reforço de frota de assistência, reforço da equipa, entre outros?

    Este ano, no seguimento da nomeação de novo COO para a actividade de empilhadores Toyota, a empresa tem dedicado um maior foco à revisão e melhoria de processos internos, passando pela modernização e reestruturação de instalações, nomeadamente layouts e reforço de equipas de trabalho.

    Continuamos focados em que os nossos processos contribuam para a sustentabilidade do negócio, tendo vindo a dar continuidade à digitalização com processos paper-free sempre que possível. O projecto mais recente que está actualmente em análise e desenvolvimento é a passagem para viaturas de assistência eléctricas, que vão permitir reduzir emissões e aproximar-nos da meta “Zero Muda” (processos lean com zero desperdício).