Eleições europeias levantaram preocupações de cibersegurança

Cibersegurança e InfoSec Notícias

“Os ataques digitais, muitos deles ligados a grupos apoiados pela Rússia, duplicaram na União Europeia nos últimos meses e estão também a visar serviços relacionados com as eleições, de acordo com o responsável máximo pela cibersegurança na União Europeia”, refere a Associated Press.

Juhan Lepassaar, director da Agência da União Europeia para a Cibersegurança, ENISA, disse que os ataques com motivos geopolíticos têm aumentado constantemente desde a invasão total da Ucrânia pela Rússia em 24 de Fevereiro de 2022.

“O número de ataques de hacktivistas (contra) infra-estruturas europeias – agentes de ameaças cujo principal objectivo é causar perturbações – duplicou do quarto trimestre de 2023 para o primeiro trimestre de 2024”, disse Lepassaar na sede da agência em Atenas.

Os cidadãos dos 27 Estados-Membros da UE votaram de 6 a 9 de Junho para os deputados do Parlamento Europeu, numa eleição que também definiu o poder executivo da UE, a Comissão Europeia.

Em Portugal, o Governo “em colaboração com várias entidades, implementou um robusto dispositivo de cibersegurança para proteger o processo eleitoral contra possíveis ameaças”, afirma o Expresso. Neste sentido, o MAI, liderado por Margarida Blasco, acompanhou a situação com o apoio do Gabinete Nacional de Segurança, o Centro Nacional de Cibersegurança, a Unidade de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária, assim como os Serviços de Informações de Segurança – SIS, e a Rede CSIRT.

Segundo o jornal Expresso, a espionagem e ciberataques tendem a aumentar durante os períodos eleitorais, devido à importância de influenciar resultados e descobrir informações sensíveis sobre candidatos.

As eleições para o Parlamento Europeu de 2024 levaram centenas de milhões de europeus dos 27 países da União Europeia a elegerem 720 deputados ao Parlamento Europeu. Esta foi a primeira eleição após o Brexit e sem o Reino Unido, e teve um impacto na Internet.

Desde as últimas eleições europeias, em 2019, o panorama das ameaças às eleições evoluiu significativamente. Por exemplo, os rápidos desenvolvimentos da IA, incluindo as deep fakes, os hacktivistas contratados, a sofisticação dos agentes de ameaças, juntamente com o contexto geopolítico actual, sublinham a necessidade de actualizar e refletir sobre os riscos e ameaças actuais.