A próxima edição do C-DAYS, conferência anual de cibersegurança, organizada pelo Centro Nacional de Cibersegurança decorre já para a semana, entre os dias 14 e 16 de Junho, na Alfândega do Porto. A edição deste ano tem como tema “Mais Confiança” e, segundo o CNCS, a cibersegurança permite tornar as sociedades conectadas mais resilientes e fomentar a confiança das pessoas e organizações na utilização de tecnologias e do ciberespaço. Durante os três dias de intensa partilha, a organização convida os interessados em juntarem-se ao evento e contribuírem para a nova estratégia de segurança do ciberespaço, tema que será amplamente discutido.
Security Magazine – Com o tema central “Mais Confiança”, o que motivou a escolha do tema deste ano?
CNCS – A rápida transformação digital da sociedade colocou as tecnologias da informação e comunicação no centro da nossa vida quotidiana.
Esta evolução incontornável origina novas oportunidades, mas também novos riscos, ameaças e incertezas que devemos enfrentar através de uma aposta na cibersegurança para tornar estas sociedades conectadas mais resilientes e fomentar a confiança das pessoas e organizações na utilização destas tecnologias e do ciberespaço.
Quais são os principais temas em destaque nesta edição do CDAYS?
A futura transposição da nova directiva (UE) 2022/2555 (conhecida por “SRI 2”) do Parlamento Europeu e do Conselho de 14 de Dezembro de 2022 relativa a medidas destinadas a garantir um elevado nível comum de cibersegurança na União na cibersegurança em Portugal é um tema absolutamente incontornável este ano.
Temos, por exemplo, um orador que vai analisar o impacto desta directiva no ordenamento jurídico português, um painel dedicados à gestão coordenada de vulnerabilidades, uma das grandes inovações da directiva, assim como um painel dedicado às autarquias, que estão abrangidas por esta nova directiva, embora o nosso regime jurídico de segurança do ciberespaço se tenha antecipado neste campo.
Sem esquecer os Riscos e Conflitos, nomeadamente no contexto da guerra na Ucrânia, achamos que este ano houve uma forte aposta no tema da Inovação e Tecnologia.
Pela primeira vez, dedicámos uma sala inteiramente dedicada ao tema durante os três dias, com intervenções relativas ao Metaverso, cidades inteligentes, à tecnologia quântica, incluindo sessões de simulação de resposta a ciberataques em realidade virtual.
Podemos ainda destacar a inclusão de enumeras sessões de apresentação e discussão de tópicos relacionados com cibersegurança analisados de um ponto de vista interdisciplinar e participativo.
Gostaríamos, por exemplo, que todos aqueles que desejem contribuir para a nova estratégia da segurança do ciberespaço venham discutir e dar o seu contributo durante o C-Days
Que perspectivas têm para esta edição em termos de participação e envolvimento dos profissionais de cibersegurança?
Temos superado todos os anos o número de participantes e gostaríamos de continuar a ser um fórum de eleição para decisores, profissionais, académicos, estudantes e comunidade da cibersegurança em geral.
Relativamente aos eventos e iniciativas que decorrem em paralelo com o CDAYS, o que destacaria?
Gostaríamos que todos os entusiastas da cibersegurança participassem na competição Capture the Flag que vai decorrer durante este evento e, quem sabe, habilitarem-se a ganhar o prémio final.
A Security Magazine é media partner do C-Days.
