A Segmon, empresa dedicada às áreas de SCIE e segurança electrónica, está a construir, na zona de Coimbra, a sua nova sede. As obras estarão concluídas em Agosto e darão à empresa uma maior operacionalidade e crescimento.
À Security Magazine, Fernando Luís Silva, director-geral da empresa, avançou que a construção da nova sede arrancou em 2021, devido “há necessidade de espaço e de condições que já se fazia sentir há uns anos”, estando esta aposta enquadrada no plano de investimentos sólidos e seguros que a Segmon havia iniciado.
A nova sede permitirá “uma maior operacionalidade dos serviços centrais da empresa, permitindo, por exemplo, aumentar os quadros ao nível da engenharia e formação, bem como uma qualidade superior nas condições de trabalho oferecidas aos seus colaboradores”.
A conclusão das novas infra-estruturas está prevista para Agosto deste ano. O investimento irá materializar-se numa área de cerca de 900m2, distribuídos por três pisos, destacando-se a localização privilegiada, “numa zona da cidade de Coimbra que permite uma excelente acessibilidade e visibilidade, pois encontra-se junto a uma das saídas do IC2 na zona Norte da cidade, integrada num parque industrial municipal”.
Reforço da frota
Os investimentos da Segmon têm passado também pela sua frota de veículos. Fortemente focada na escolha e composição da sua frota, Fernando Luís Silva explica que a empresa conta com 24 veículos, nomeadamente viaturas oficina, com diferentes graus de equipamento, e veículos ligeiros de passageiros (alguns a GPL). Desde Janeiro, a Segmon conta com uma viatura 100% eléctrica, essencialmente para apoio aos serviços administrativos e engenharia.
O director-geral da empresa sublinha que a vida útil média de cada viatura não ultrapassa os cinco anos, sendo que a empresa está muito atenta às emissões de CO2 e consumos, aspectos “sempre levados em conta na altura da sua aquisição”.
Como demonstração desse cuidado, destaca a evolução positiva entre 2014 e 2021 relativamente aos litros de combustível consumidos por cada 1000 euros de vendas. Em 2014, a empresa contabilizou 26,7l de gasóleo por cada 1000 euros. Já em 2021, o valor reduziu para os 18,8l por cada 1000 euros em vendas.
Recorde-se que a Segmon tem a certificação ISO 14001 implementada desde 2012.
“A segurança não pode esperar”
O responsável explica que a empresa nasceu em Junho de 2006, fruto da cisão entre sócios da Mimi – Manutenção e Instalação de Materiais de Incêndio, Lda., com sede em Faro e filiais em Coimbra e Leiria. “Este processo, deu origem à Segmon, em Coimbra, com filial em Faro, e à Inovaseg, Lda. com sede em Leiria, entretanto insolvente em 2007”. A Segmon tem como sócios fundadores Fernando Luís Silva, gestor de empresas, Paulo Vasconcelos, engenheiro electromecânico, e Pedro Grilo, engenheiro electrotécnico.
“Herdando toda a experiência dos seus promotores, em 2006, a Segmon elege como seu «core» o após venda na segurança contra incêndio em edifícios (SCIE), dando igualmente muita atenção às novas possibilidades que vão surgindo na segurança electrónica, como seja o CCTV”, explica.
A Segmon, conta, “começa por inovar ao oferecer no mercado contractos de manutenção preventiva na SCIE, normalmente com a duração de cinco anos (coincidindo neste período com as acções obrigatórias ao nível dos extintores, substituição do agente extintor, e na RIA, com os testes hidrostáticos nas mangueiras e agulhetas), com pagamentos iguais em cada um desses cinco anos, e abrangendo todas as valências da SCIE, bem como na segurança electrónica, detecção de intrusão CCTV, etc”.
Além do após venda, a Segmon actuou sempre na área das obras de SCIE, junto dos novos clientes e dos. “Iniciou igualmente a promoção de formações ao nível de SCIE, quer integrando essas acções nos contractos de manutenção, quer fazendo-as de forma isolada”. Posteriormente, obteve a acreditação destas acções de formação junto da DGERT.
O responsável destaca que a Segmon sempre teve “a ambição de ser uma empresa de dimensão nacional” e sempre entendeu que “a segurança não pode esperar e tem de estar próxima do seu cliente”. Por esta razão, optou por estar fisicamente em Coimbra, Faro, Caldas da Rainha e Viseu, permitindo-lhe posicionar-se a cerca de 1h30 de qualquer ponto de Portugal continental.
Um ano de crescimento
2023 será um ano de crescimento para a Segmon, tendo como objectivo atingir um volume de vendas de 2,5 milhões de euros. Este valor “faz parte do plano de crescimento traçado para 2019”, o qual “deveria ter o seu início em 2020” e que permitiria à empresa chegar aos 3 milhões de euros de volume de vendas em 2022. Porém, a pandemia, “alterou muita coisa”, relembra. “No nosso caso, (a pandemia) fez com que 2020 e 2021 fossem anos de «paragem» deste plano”, tendo-se iniciado em 2022 o primeiro ano desse plano”, o qual terminará em 2024, ano em que a empresa estima alcançar um valor de 3 milhões de euros em vendas.
“A Segmon, como a conhecemos e concebemos, só pode crescer pelo caminho de uma maior penetração geográfica pois, neste momento, não nos parece, de todo, que um aumento de oferta de produtos ou serviços seja um caminho aconselhável”, avança. Como acrescenta, “temos de ser bons (muito) no que fazemos e não nos devemos dispersar em outras áreas (…)”.
A empresa deve “perseguir uma muito maior penetração no mercado do Algarve, na zona da Grande Lisboa e na zona de Viseu, sendo que em Coimbra o objectivo é muito mais o da manutenção e melhoria do mercado existente”. O director-geral explica que “em cada uma destas áreas há objectivos comerciais diferentes que se adaptam ao estágio de desenvolvimento de cada uma destas filiais”, assim como “objectivos estratégicos diferentes”. Isto porque, justifica, se em Lisboa o foco passa pela conquista de clientes de dimensão e implantação nacional e de grandes dimensões, já em Faro a aposta passa pela diversificação do mercado actual para áreas económicas pouco exploradas, pois “basicamente só se tem «vivido» com a hotelaria”. Por fim, em Viseu os objectivos passam por ganhar quota de mercado em todos os mercados “pois é a filial mais recente”, refere.
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