“As ciberameaças estão em todo o lado. Isto não é uma paranoia, é uma realidade, ainda que infeliz: todos os dias surgem novos hacks, novas fugas de dados, novos constrangimentos – e novos custos, tanto financeiros como comerciais”, aponta a empresa num recente estudo da Mazars sobre a temática. “Ninguém é poupado. Os ataques têm como alvo empresas de pequena e grande dimensão, bem como pessoas e instituições públicas”.
Para Ivo Morais, Audit & Assurance Senior Manager da Mazars em Portugal, “é fundamental ter consciência que a superfície de ataque aumentou de forma significativa e vai continuar a aumentar com a dinâmica criada pelo processo de transformação digital e mudança nos modelos de trabalho. Este efeito coloca ainda maior pressão no processo de avaliação de riscos subjacentes aos sistemas de informação, com consequências reais na atividade das empresas.”
O inquérito anual, realizado no final de 2021 a mais de 1.000 executivos C-suite em todo o mundo (50 inquiridos são de Espanha), revela que a cibersegurança se tornou uma das grandes preocupações para os líderes empresariais. “Uma ciber defesa eficaz tornou-se um acto de equilíbrio para muitas empresas; ter uma rede de segurança forte que amorteça qualquer eventual queda é fundamental”.
O estudo indica que os líderes de negócios em todo o mundo estão a preparar-se para ciber ataques, mas continuam confiantes de que lhes podem resistir.
Mais de metade (54%) dos líderes empresariais inquiridos no barómetro anual C-suite sentem que as ciber ameaças aumentaram no ano passado e 35% esperam uma violação significativa de dados na sua própria empresa durante 2022.
No entanto, a maioria das empresas parece confiante na sua capacidade de lidar com ataques: globalmente, 68% dos líderes de negócios consideram que os dados da sua empresa estão “completamente protegidos”.
As perdas financeiras são o maior risco percebido
Mais de metade dos líderes empresariais inquiridos colocam as perdas financeiras no topo da lista dos maiores riscos relacionados com a protecção de dados.
Os níveis de preocupação e confiança variam de sector para sector, sendo os negócios financeiros, de tecnologia e de consumo os mais confiantes.
Uma ciber defesa eficaz baseia-se em cinco pilares: identificação, prevenção, deteção, resposta e recuperação
Cada um tem uma componente tecnológica importante, mas também uma componente humana crítica. Os planos de continuidade de negócios precisam de ser meticulosamente elaborados e amplamente testados para que possam ser adoptados, sem problemas, por toda a organização.
Estar preparado para o pior é a melhor defesa
A ciber segurança é um campo em rápida evolução, com invasores fortemente armados (inclusive com inteligência artificial) e muitas vezes posicionados dois passos à frente das organizações alvo.
Aceitar que as violações de dados ocorrerão, tendo planos robustos para lidar com elas fornece a melhor garantia de que a resposta será rápida, a recuperação eficaz e os custos limitados.
As ciber ameaças vieram para ficar – e vão piorar. Essa é a realidade mais sombria do sentimento dos C-suite. As organizações melhor protegidas serão aquelas que fortalecerem a sua rede de ciber segurança. Agora é hora de agir.
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