O Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia (ISISE) da Escola de Engenharia integra o projecto “Ferrovia 4.0”, aponta na sua página online.
O projecto visa o desenvolvimento de diferentes componentes, ferramentas e sistemas, a ser testados em veículos e infraestruturas reais, que aumentem a competitividade e qualidade do serviço de transporte ferroviário e que estejam orientados para a sustentabilidade do sistema ferroviário, a redução de custos operacionais e de manutenção, a potenciação de sistemas de informação fiáveis de apoio à tomada de decisão na gestão de ativos e a segurança da circulação.
O projecto reúne 22 entidades empresariais e do sistema de I&D, que integram o Cluster da Plataforma Ferroviária Portuguesa e que operam no sector ferroviário em Portugal, esperando-se, assim, uma rápida integração dos produtos/sistemas desenvolvidos na ferrovia portuguesa.
A incorporação de novos produtos e ferramentas terá um impacto directo na melhoria na qualidade do serviço de transporte ferroviário em Portugal.
“Por exemplo, o desenvolvimento de novos materiais/soluções para os interiores das carruagens contribuirão para o aumento do conforto acústico do utilizador final. Também a introdução de sistema de segurança activos e sua integração centralizada, como por exemplo a identificação automatizada de objectos na via, permitiram reduzir atrasos, acidentes e tempos de manutenção/reparação”, revela José Campos e Matos, investigador do ISISE, no site da Escola de Engenharia.
O principal trabalho do ISISE passa pela concepção de metodologias e de práticas para o aumento da resiliência de infraestruturas críticas, e também a investigação, desenvolvimento e demonstração de soluções sustentáveis do transporte ferroviário a nível energético e ambiental com vista ao aumento da eficiência do sistema ferroviário, diminuição da pegada ecológica e dos custos dos componentes, aumentando o ciclo de vida dos mesmos.
“Mais concretamente, contribuiremos no desenvolvimento de um conjunto de subsistemas/produtos que de per se, e em conjunto, contribuam para um sistema de gestão de eficiência energética para o sistema ferroviário”, acrescenta o investigador.
O projecto envolve um investimento na ordem dos oito milhões de euros, teve início no final de 2020 e tem data de conclusão agendada para Junho de 2023. É cofinanciado pelo Compete 2020, Lisboa 2020, Portugal 2020 e pela União Europeia (Fundos Europeus Estruturais e de Investimento). Da equipa da Escola de Engenharia fazem parte os investigadores José Campos e Matos, Paulo Lourenço, Daniel Oliveira, Jorge Branco, Hélder Sousa, Joaquim Tinoco, Madalena Araújo e Paula Ferreira.