A Axis Communications e Omniflow têm uma parceria mundial que nasceu em Portugal e hoje é uma realidade noutras partes do mundo, nomeadamente nos Estados Unidos, Austrália e Egipto.
Durante a apresentação sobre Cidades Inteligentes sem Complicações, que decorreu hoje na Portugal Smart Cities/Security Summit em Lisboa, foi dado a conhecer como as soluções de ambas as empresas permitem monitorizar tráfego e estacionamento, assim como detectar inundações ou contar pessoas, por exemplo. Tudo é possível através de uma conectividade sem fios, eliminando a necessidade de obras de escavação que, dentro da dinâmica de uma cidade, poderá trazer sérios constrangimentos às suas pessoas e vivências quotidianas. O poste da Omniflow abre portas para todas essas valências, permitindo acoplar várias câmaras e sensores com várias valências, de forma discreta, com facilidade de montagem e de forma modular.
A Omniflow, conta com a sua sede no Porto e desenvolve e fabrica a Omniled, uma plataforma inteligente de energia para o IoT (Internet das coisas). É alimentada pela tecnologia proprietária solar e eólica e no seu interior incluí baterias e vários serviços como iluminação pública, sensores, Wifi ou videovigilânica.
Ricardo Marranita, program manager da Axis, explicou também que a promessa do IoT é que com base em sensores consigamos fazer tudo. Hoje a grande questão reside em perceber por onde e como começar. No entanto, diz, “é possível começar pouco a pouco a entrar numa smart city ou smart município”.
Para o responsável “o grande desafio do mercado português é a sensibilidade ao preço, no entanto, é possível fazer esta implementação de forma faseada e, em cada uma das fases, estarmos a incorrer em cortes de custos e poupança”.
Falando da administração pública que para cada novo extra ou necessidade tem de recorrer, na maioria das vezes, a concursos públicos, a utilização deste equipamento permite-lhe facilmente adicionar um novo dispositivo no poste não sendo necessário, por exemplo, instalar cabo para infra-estrutura de rede. Este dispositivo permite dar uma continuidade à sua utilização e uma adaptação permanente a novas necessidades que surjam.
Para além de uma câmara
Ricardo Pereira, Portugal Sales Manager da Axis, adiantou à Security Magazine que a Axis tem feito um forte investimento na área das câmaras. “Temos procurado ter, desde o lançamento da primeira câmara, dispositivos IoT, ou seja, sempre foi pensada como um sensor que também dá vídeo e que se transformou muito na óptica da videovigilância”.
Como apontou, “enviar metadados e informação da câmara para fora fazia parte da nossa ideia inicial. O mercado também se desenvolveu nesse sentido, ou seja, desenvolveu plataformas de gestão de smart cities que estão à espera destes inputs ao nível, por exemplo, da contagem de pessoas, veículos, lugares de estacionamento ocupados ou viaturas em estacionamento abusivo”.
Dentro desta realidade, as câmaras evoluíram e hoje têm algoritmos que detectam muito daquilo que é a dinâmica de uma cidade, desde a contagem das pessoas até à velocidade dos veículos em determinada hora do dia. Hoje uma câmara assume-se também como um sensor, que permite recolher uma série de informação. A grande inovação está no envio dessa informação para outros dispositivos e daí tirar dados com valor. “Hoje é possível enviar essa informação, quer através das nossas plataformas, quer para plataformas de terceiros, permitindo à cidade tomar as suas medidas baseadas em números”.