Trablisa ESEGUR inaugura novo SOC em Lisboa

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A Trablisa ESEGUR inaugurou, na passada semana, o seu novo SOC (Security Operations Center) na sua sede no Prior Velho, em Lisboa. O T-SOC, assim denominado, conta com 250m2 e contemplou um investimento de cerca de meio milhão de euros. À Security Magazine, Julio de la Sen, director-geral da empresa, explica a forte aposta que o grupo está a fazer na área da vigilância e destaca que a empresa quer “ser um operador global de segurança em Portugal”, uma aposta fortemente suportada pela inovação tecnológica.


Security Magazine – O que motivou o investimento neste novo SOC, em Lisboa? Com esta nova aposta, o que mudou em termos da capacidade operacional e resposta da empresa?
Julio de la Sen – A Trablisa ESEGUR lidera o mercado de transporte e tratamento de valores há mais de 20 anos em Portugal, mas no segmento da vigilância nunca conseguiu ter um papel de relevância. Num serviço em que a diferenciação é menos evidente e o preço costuma ser determinante na decisão de compra, a nossa opção de não compactuar com práticas de concorrência desleal, como o trabalho não declarado, perfeitamente generalizado ainda hoje numa actividade em que os salários perfazem quase 100% do custo, impediu-nos de ter uma oferta competitiva.
Lamentar-nos não nos resolve os problemas, e por isso, nesta nova etapa, na mão do nosso novo accionista, o grupo Trablisa, e do seu expertise precisamente nesta área de vigilância, queremos ser um operador global de segurança em Portugal.
Para isso, e independentemente de continuarmos a trabalhar no sentido de que as boas práticas se instalem definitivamente na segurança privada, estamos a fazer uma aposta clara para incorporar tecnologia às nossas soluções.
Hoje nenhuma indústria consegue escapar à evolução da tecnologia e nós não só queremos acompanhar essa evolução como queremos liderá-la.
Estamos a colocar a tecnologia no centro das nossas soluções de segurança e o nosso novo T-SOC será o epicentro dos serviços que prestamos aos nossos clientes, como já o é hoje da nossa própria segurança interna.

Do ponto de vista mais técnico, quais as principais valências, áreas e tecnologias implementadas neste novo espaço?
O T-SOC de última geração foi projectado para incrementar o conhecimento situacional e a eficiência operacional. A peça central da sala é um impressionante videowall, que fornece informação de diversas fontes em tempo real, garantindo que nossa equipa tem uma visão abrangente de todas as actividades críticas. Os operadores estão equipados com monitores amplos que oferecem análises e relatórios detalhados, permitindo a rápida avaliação de ameaças e tomada de decisões.
A sala está equipada com tecnologia touch, perfeitamente integrada para controlar vários recursos de segurança. Com um simples toque, os operadores podem abrir e fechar portas, gerir pontos de acesso e responder a alertas – tudo a partir de uma interface centralizada. O layout da sala promove a colaboração, com amplo espaço para discussões em equipa e acções de resposta rápida, garantindo que a nossa equipa de segurança está sempre um passo à frente.
Cada elemento do T-SOC foi projectado para máxima eficiência e eficácia, criando um ambiente de alta tecnologia que capacita o nosso pessoal especializado para proteger e servir com confiança os nossos clientes.

Qual o investimento global realizado neste projecto?
O nosso T-SOC ocupa uma área de 250m2 nas instalações da nossa sede. O investimento na adequação desta área e nos equipamentos instalados ronda o meio milhão de euros.

Após a aquisição da Esegur pela Trablisa, quais os principais investimentos e mudanças que já foram realizados?
Na verdade, o maior investimento recente foi a alteração da nossa denominação social e comercial para Trablisa ESEGUR, uma vez que tivemos de rotular toda a nossa frota de cerca de 200 viaturas (a maior parte blindada), os painéis da nossa sede e das nossas delegações (sete edifícios), as fardas do nosso pessoal (ainda em curso, respeitando o processo de homologação prévio que é necessário face à Lei), a substituição de estacionário, etc.
É importante ainda referir o investimento na nova delegação na ilha de São Miguel, nos Açores, que tinha sido iniciado antes da alteração accionista e que foi finalizado em 2023, já com o grupo Trablisa. Estas novas instalações permitem-nos uma maior eficiência no serviço aos clientes daquela Região e melhores condições de trabalho para os nossos colaboradores.

Como avalia o ano de 2024 em termos de crescimento e que novidades ainda podemos esperar no mercado?
Do ponto de vista da dinâmica de crescimento, o mercado da segurança privada continua a ser um mercado saudável e atractivo. O plano estratégico para o triénio 2025-2027, que estamos a finalizar, prevê a manutenção da nossa posição de liderança no transporte e tratamento de valores e um crescimento muito significativo do volume de negócios, alavancado na tecnologia, tanto em novas soluções de segurança como em gestão de documentos e arquivo.