A DHL Express Portugal inaugurou, esta terça-feira, o seu novo terminal de carga aérea no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Este projecto representa um investimento estratégico de mais de 25 milhões de euros. Uma expansão significativa que triplica a capacidade da infra-estrutura, numa obra iniciada em Março de 2023.
No total esta infra-estrutura conta com 18.135m2, permite o processamento de até 6500 peças por hora no caso das importações, um aumento de 150%, e 5000 peças por hora para exportações, mais 300% de aumento.
O novo terminal está equipado com avançados sistemas de automação, que incorporam também sistemas de segurança avançados, nomeadamente equipamentos com raio-x e de pesagem e medição automática.
O terminal conta com 130 cais de carga para viaturas DHL – 119 dos quais para eléctricos. A eficiência energética é, aliás, um dos aspectos valorizados por este projecto, nomeadamente no que toca à capacidade para instalação massiva de painéis solares.
A empresa processa hoje 11.000 envios por dia. Esta expansão permitira uma expansão anual de dois digitos.
Para Mike Parra, CEO da DHL Express Europa, presente no dia da inauguração, “Portugal tem sido um dos países com melhor desempenho na Europa em termos de crescimento económico nos últimos anos, apoiado por uma procura saudável das exportações portuguesas e a DHL Express está totalmente empenhada em auxiliar o desenvolvimento económico do país a longo prazo”.
Segurança é aspecto muito importante
A empresa está presente em mais de 220 países e territórios e o transporte aéreo é o seu principal negócio, sendo que o grande desafio reside em assegurar que durante o processo de transporte de uma mercadoria do ponto A para o ponto B esta esteja perfeitamente intacta e segura.
António Gonçalves, Country Security Manager da DHL Express Portugal, disse à Security Magazine que na DHL há cinco factores essenciais ao nível da segurança – a segurança das pessoas; segurança dos envios e garantia da integridade da rede; segurança de tudo o que é propriedade da empresa; segurança da informação e manutenção da reputação empresarial.
O responsável destacou que existe uma elevada consciencialização de segurança para todos os colaboradores, a qual assenta na formação específica em security e no programa CIS – Certified International Specialist o qual conta com informação específica de security.
Além do elevado nível de consciencialização, “a nossa forma de actuação na DHL é actuar preventivamente, ou seja, sabendo os riscos e ameaças, estamos preparados com procedimentos e processos para evitarmos aquilo que classificamos como incidente de segurança”. Actuando preventivamente, “conseguimos diminuir o risco de termos incidentes de segurança”.
A empresa conta com 12 instalações em Portugal Continental e ilhas – nove centros operacionais com diferentes características e dois gateways em Lisboa e Porto (onde decorre a parcela da operação directamente ligada à aviação).
Inauguradas em 2012, as instalações da DHL no Porto, junto ao aeroporto, têm características distintas de todas as outras, tendo sido as primeiras em todo o mundo com a tipologia de dual facility, ou seja, “conjugam no mesmo centro operacional a parte de entregas/recolhas com a parte específica da aviação”. Esta realidade coloca enormes desafios do ponto de vista da segurança.
Do ponto de vista do security, António Gonçalves destaca a necessidade de ter sido feito um plano de engenharia de security específico para a expansão das instalações, uma vez que a empresa nunca deixou de operar desde o arranque da obra até à sua inauguração. “Conseguimos manter a operação diária a par da obra a decorrer”, recorda. Sem referir valores, sublinhou que o investimento em security foi “substancial”. A DHL Express Portugal tem como standards o nível A da TAPA. Neste sentido, a empresa investiu em sistemas de CCTV, intrusão, controlo de acessos, assim como em equipamentos necessários associados à aviação civil e às responsabilidades inerentes, nomeadamente novos equipamentos de Raio-X para rastreios da carga e de detecção de vestígios de explosivos, assim como em pórticos detectores de metal, entre outros.
Quanto ao futuro da segurança na DHL Express, António Gonçalves não tem dúvidas de que este “continuará a ser risonho em termos do que é a preparação para lidar com questões de segurança”. Tanto no passado como no futuro, o responsável acredita que a empresa conseguirá adaptar-se rapidamente às novas ameaças, e até antecipá-las, respondendo de forma eficaz e com sucesso.
Foto: O terminal de carga da DHL Express no Porto conta com parqueamento para aviões na frente do armazém. A fotografia foi tirada na terça-feira à tarde, período fortemente afectado pelos incêndios florestais nas proximidades da Maia/Porto.
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