O grupo Sotecnisol movido pela preocupação com a segurança dos seus colaboradores e trabalhadores do sector da construção no geral criou recentemente a 4Safe. José Luís Castro, CEO do grupo Sotecnisol, destacou à Security Magazine qual a aposta da empresa ao nível da Segurança e Saúde no Trabalho. “O futuro do grupo Sotecnisol em matéria de segurança, passa por certificar todas as empresas do grupo na ISO 45001. Implementar procedimentos de segurança cada vez mais rigorosos, e formar os nossos colaboradores de forma contínua e ajustada às realidades sentidas em obra”, disse o responsável.
Security Magazine – O que levou o grupo Sotecnisol a avançar com a criação da 4Safe? A que se dedica esta nova empresa?
José Luís Castro – O grupo Sotecnisol, movido pela preocupação com a segurança não apenas dos seus próprios colaboradores, mas também dos trabalhadores do sector da construção como um todo, deu um passo inovador ao criar a 4Safe. Esta nova empresa surge com o propósito de oferecer soluções completas de segurança laboral, actuando na instalação de linhas de vida, fornecimento de equipamentos de protecção, implementação de medidas de SST e instalação de andaimes. Com a 4Safe, o grupo expande o seu compromisso com a segurança para além das suas próprias fronteiras, contribuindo activamente para a protecção de trabalhadores em todo o sector da construção.
Qual o contributo que a 4Safe pretende dar à área da SST e da prevenção de riscos e acidentes de trabalho?
A 4Safe aspira a ser um agente de mudança na área da segurança no trabalho, elevando os padrões e promovendo uma cultura de prevenção no sector da construção. Para isso, oferece soluções personalizadas, acompanhadas de consultoria especializada e planos de segurança desenhados para cada cliente. A aposta na inovação tecnológica, a formação contínua e a consciencialização para os riscos são pilares da actuação da 4Safe, que acredita na segurança como um investimento na vida dos trabalhadores e na sustentabilidade das empresas.
A área da construção é hoje tida como uma das áreas mais desafiantes para os profissionais de segurança. Qual é a importância que a segurança de pessoas e bens assume dentro do grupo?
A segurança das pessoas e dos bens é um valor inegociável, especialmente na área da construção, que apresenta desafios únicos. Acreditamos que nenhum resultado justifica colocar em risco a vida dos colaboradores, parceiros ou qualquer pessoa envolvida em qualquer que seja o projecto. Por isso, investimos continuamente em medidas de prevenção, equipamentos de protecção de última geração e formação constante, e inspirar uma mudança real no sector, onde a protecção da vida e do bem-estar seja sempre a maior obra. É nossa missão que este compromisso seja o de muitas empresas do sector e que possamos inspirá-las na melhoria constante de boas-práticas.
Que projectos concretos têm realizado no sentido de melhorar a vossa cultura de segurança e também consciencializar os vossos colaboradores para a adopção de melhores práticas de segurança?
No sentido de melhorar a cultura de segurança, temos apostado na realização de sessões de formação antes do início dos trabalhos, apresentando as medidas de protecção que devem de ser adoptadas ao longo da empreitada, fazemos visitas regulares às obras onde conversamos com os trabalhadores de forma a retirar sugestões sobre as medidas de segurança implementadas tanto a nível de protecção colectiva como a nível de protecção individual. Duas vezes ao ano, fazemos a distribuição de equipamentos de protecção individual (fardamento, capacetes, botas e coletes), procurando sempre adaptá-los aos nossos trabalhadores, os restantes EPI’s são disponibilizados diariamente em obra.
Em termos de investimentos anuais, qual a percentagem que em média costumam destinar à área da segurança?
Embora não trabalhemos com um valor percentual fixo para investimentos em segurança, uma vez que acreditamos que a protecção dos nossos colaboradores está acima de qualquer métrica financeira, a verdade é que a segurança está intrinsecamente ligada a todas as nossas operações e decisões. Isso significa que os investimentos em segurança são transversais a todas as áreas, desde a aquisição de equipamentos de última geração à formação, passando pela implementação de rigorosos protocolos de segurança em todas as obras. Para o grupo Sotecnisol, a segurança não é um custo, mas sim um investimento contínuo e essencial para o sucesso do nosso negócio.
Como olha para o número de acidentes /quase, acidentes registados no grupo e como tem sido a sua evolução nos últimos anos?
Cada acidente ou quase acidente é encarado como uma oportunidade crucial de aprendizagem e melhoria das nossas práticas de segurança. Implementamos um sistema rigoroso de análise para identificar as causas e implementar medidas correctivas, mas também promovemos a participação activa dos trabalhadores na identificação de riscos e soluções.
Na sua perspectiva, do ponto de vista da segurança, quais são os grandes desafios que enfrenta o vosso sector de actividade?
Os principais desafios em termos de segurança são garantir condições seguras em ambientes de trabalho muitas vezes complexos e dinâmicos, assim como o acompanhamento e adaptação das regulamentações. A gestão de riscos é fundamental, especialmente em trabalhos em altura e com equipamentos pesados. Acredito que a formação contínua dos colaboradores e a rigorosa implementação de medidas de segurança são cruciais para prevenir acidentes. Estamos constantemente a trabalhar para melhorar e inovar nas nossas práticas de segurança, para assegurar que todos os envolvidos nos nossos projetos possam trabalhar com tranquilidade e segurança.
Por onde passa o futuro da Sotecnisol em matéria de segurança?
O futuro do grupo Sotecnisol em matéria de segurança, passa por certificar todas as empresas do grupo na ISO 45001. Implementar procedimentos de segurança cada vez mais rigorosos, e formar os nossos colaboradores de forma contínua e ajustada às realidades sentidas em obra. Queremos aumentar a cultura de segurança encorajando cada vez mais os colaboradores a reportar riscos e incidentes e ser, claro, uma referência no mercado.