A Polícia Marítima recebeu, ontem, na Casa da Balança, bodycams e tasers, os quais permitirão técnicas de dissuasão “menos violentas, protegendo de forma mais eficaz a integridade física de polícias e cidadãos”, refere a entidade.
A Polícia Marítima é o primeiro órgão de polícia criminal em Portugal a adquirir bodycams, que se afiguram como elemento de captação de prova e de ajuda à operação dos polícias, pois não só permitem a transmissão em directo para um posto de comando ou centro de controlo da Polícia Marítima, como geram prova da actuação dos mesmos, capaz de ser usada em tribunal para legitimar, ou não, a actuação de polícias e cidadãos.
O taser irá permitir aos polícias neutralizar uma escalada de violência sem recurso ao contacto físico, por não ser necessária uma aproximação entre o agente e o cidadão.
De salientar que todos os disparos efectuados ou a simples activação do taser, permitem apresentar prova em tribunal do dia, hora, local, referência dos cartuchos utilizados, o que contribui para uma maior transparência e confiança na atuação da Polícia Marítima.
Estes equipamentos são usados em conjunto, sendo que o taser permite a activação automática das bodycams, sempre que os polícias estiverem perante situações de alto risco e de elevado stress, em que não há tempo de ligarem as bodycams manualmente.
A aquisição dos 112 tasers e bodycams da marca AXON, decorreu após o concurso público internacional e teve um valor de cerca de 340.000 euros. Agora, tal como acontecerá com a PSP e GNR, o uso das bodycams pelos elementos da PM obedece a regras e trâmites legais previstos no DL publicado em Janeiro que regula a utilização das câmaras portáteis de uso individual pelos agentes policiais e do parecer da CNPD.