APSEI: “O nosso objectivo é difundir a cultura de segurança em Portugal”

Notícias

A Proteger 2023 decorreu em Santa Maria da Feira, numa organização da Associação Portuguesa de Segurança (APSEI). A Security Magazine associou-se ao evento como media partner.
À Security Magazine, Carlos Dias, presidente da APSEI, destacou que a ida para a região Norte resulta dos objectivos traçados pela actual direcção, bem como dos pedidos feitos pelos associados e pelo mercado. A aposta no Norte é para manter, segundo sublinhou, podendo decorrer noutras cidades da região, numa periodicidade anual.
“O principal deste evento são as conferências e as áreas temáticas e técnicas, as quais são a parte básica da APSEI e da Proteger”, disse. Apesar de a área de exposição ter forte destaque no evento, Carlos Dias sublinhou que esta é “complementar” à conferência, onde a organização procura “dar visibilidade ao que mais moderno se faz nalgumas das principais valências da APSEI, nomeadamente, segurança electrónica e protecção passiva e activa, bem como de alguns parceiros institucionais”.
Como apontou, as quatro áreas mais focadas nas conferências – transporte mercadorias perigosas, segurança electrónica, segurança activa e passiva e segurança e saúde no trabalho – estiveram representadas por “empresas de referência”. O presidente da APSEI, destacou que “a Proteger é uma conferência” e como associação de segurança, “o nosso objectivo é difundir a cultura de segurança em Portugal”.
Com este objectivo presente, a associação tem a decorrer o projecto Segurança 4.0, co-financiado pelo Portugal 2020, que visa a capacitação digital da APSEI e dos associados para permitir mais ferramentas digitais. “No mercado da segurança, quem procura mais informação procura-a em formato digital, e a APSEI não tinha informação disponível, nem no seu site ou a quem a quisesse buscar, por isso tivemos de adaptar o site e criar o Observatório Nacional da Segurança, que é permanentemente actualizado com tudo o que tem a ver com os vários sectores da segurança”, esclareceu.
Já no caso do projecto Portugal Safe, também co-financiado e desenvolvido pela associação, visa a internacionalização da própria APSEI e também a melhoria da imagem do sector fora de Portugal, criando oportunidades de negócio aos associados. “Temos criado oportunidades vivas e hoje (primeiro dia do evento) assinamos protocolos com o mercado de Marrocos, Emirados Sharjah e Dubai, que nos abre o mercado da Arábia Saudita”. Estes protocolos foram celebrados com câmaras de comércio, universidades, nomeadamente de Casablanca, institutos politécnicos e organizações.
Como adiantou, “o mercado de Marrocos está a uma hora de Lisboa e tem necessidades de segurança muito grandes, estando em construção 8 milhões de m2 de hospitais, centros comerciais e áreas públicas. Ou seja, há imensas oportunidades para as empresas portuguesas”. O mesmo se aplica nos Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita. “Como associação temos de criar oportunidades de riqueza para os associados (…). Se os associados tiverem maior capacidade financeira, conseguem fazer melhores investimentos, pagar melhores ordenados e criar condições diferentes para os seus colaboradores. Esse é um dos objectivos da associação e desta direcção”.
Na liderança da APSEI durante a pandemia, estando actualmente no seu segundo mandato, Carlos Dias destacou a importância da associação durante esse período de “desafios incríveis”. O responsável destacou o papel da associação durante a “crise das máscaras”, a qual disse, ter sido “provocada artificialmente”. Durante esse período, “a APSEI interveio junto das entidades para que isso não acontecesse”, relembrou. O responsável recordou também a situação vivida no transporte de matérias perigosas, como os combustíveis, quando não poderia haver renovações de licenças situação que poderia levar à paralisação do país. Acontecimento no qual “a APSEI teve um papel fundamental” pois, acima de tudo, “tem de fazer o seu papel de ajudar o país”.
Sobre os actuais desafios, Carlos Dias referiu que “apesar de haver várias vozes discordantes, nomeadamente por haver uma Proteger no Norte, a resposta está dada” e os números falam por si. “O futuro é para continuar”, disse, pois, acima de tudo “trabalhamos para o bem dos associados”.

Se quer ler notícias como esta, subscreva gratuitamente a newsletter da Security Magazine..