A Fortinet lançou o estudo global Work-from-Anywhere 2023, realizado no início de Janeiro de 2023 e que incluiu 570 organizações de várias indústrias de todo o mundo com pelo menos 100 empregados, incluindo Portugal.
67% das 570 empresas que participam no estudo indicam que ainda estão a acomodar colaboradores que trabalham a partir de casa. 55% referem que estão a adoptar uma estratégia de trabalho híbrido para os seus colaboradores.
A insegurança das redes domésticas e remotas é considerada pela maioria das organizações como o maior risco de segurança do modelo de trabalho a partir de qualquer lugar.
Esta é uma importante questão, em grande parte devido à incapacidade de estender a segurança corporativa a um ambiente não corporativo. Outros riscos incluem colaboradores que utilizam computadores portáteis da empresa para razões pessoais, colaboradores que não seguem protocolos de segurança quando não estão no escritório, e utilizadores desconhecidos que partilham a rede doméstica.
O que as organizações pretendem é a capacidade de estabelecer políticas consistentes em todos os locais, incluindo aqueles em que os trabalhadores se ligam à rede remotamente. O desafio é encontrar fornecedores que possam implementar soluções e aplicar protocolos na rede da empresa, bem como nos escritórios domésticos. Esta é provavelmente a razão pela qual quase metade (42%) dos inquiridos acabam por utilizar diferentes fornecedores.
As empresas já implementaram soluções para enfrentar riscos em certa medida, mas os investimentos planeados em soluções de segurança são amplos, especialmente para antivírus para portáteis e VPN.
Embora a principal prioridade para proteger os trabalhadores remotos citada seja o controlo do acesso à rede, com 58% a relatar que já implementaram tal solução, apenas 4% referem a ZTNA como o investimento mais importante, apesar da sua capacidade de limitar o acesso aos recursos da rede. A VPN, que proporciona um amplo acesso à rede, está entre os 10 investimentos mais importantes.
“Talvez a descoberta mais surpreendente do inquérito seja saber que quase dois terços das empresas atribuem a possível causa da violação de dados às vulnerabilidades dos seus colaboradores que trabalham a partir de qualquer lugar”, conclui a empresa.
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