Portugal enviou para a Turquia 53 profissionais e seis cães que nos próximos dias estarão dedicados a buscas e resgate urbano em estruturas colapsadas, ao abrigo do mecanismo europeu de protecção civil. Esta trata-se de um força conjunta com elementos da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, elementos da UEPS da Guarda Nacional Republicana, unidade do Regimento de Sapadores de Bombeiros de Lisboa e uma equipa de intervenção médica do INEM para a segurança da própria força. Além disso, Portugal irá enviar também equipamento de busca e salvamento.
A União Europeia mobilizou mais de 10 equipas para ajudar a Turquia no terreno. De acordo com um comunicado da Comissão Europeia, foram mobilizadas equipas de buscas e resgate urbano rapidamente pela Bulgária, Croácia, República Checa, França, Grécia, Hungria, Malta, Países Baixos, Polónia e Roménia para apoiar os primeiros socorristas no terreno.
Recorde-se que um sismo atingiu 7,8 graus na escala de Richter, sacudiu a Turquia e a Síria pelas 4h17 locais de 6 de Fevereiro. Com o epicentro a 35km da cidade turca de Gaziantep, provocou a morte até ao momento de mais de 11.000 pessoas, a destruição de milhares de edifícios, deixando populações desalojadas numa noite com temperaturas abaixo de zero.
11 minutos após, segundo o USGS (Serviços Geológicos dos EUA) registou-se uma réplica de 6,7 grau, seguida de centenas de outras. Já pela manhã, foram sentidos dois sismos de 7,7 graus de magnitude em Ekinozu, Turquia, e de 5,7, o qual levou à abertura de brechas em estradas e aeroportos, derrocada de prédios e bairros inteiros. As réplicas continuaram pelas horas seguintes.
Numa recomendação dirigida aos Estados-membros da EU, a comissão salientou que estes “são uma base de referência comum não vinculativa para apoiar acções de prevenção e preparação em caso de catástrofes que afectem dois ou mais países ao mesmo tempo.
A Comissão adoptou hoje recomendações para reforçar a resiliência da UE a catástrofes naturais e emergências de grandes dimensões, como incêndios florestais, inundações e sismos, defendendo um reforço do mecanismo europeu de protecção civil.
Os cinco objectivos a prosseguir colectivamente passam por melhorar a avaliação dos riscos, antecipação e planeamento da gestão dos riscos de catástrofe, aumento da sensibilização e preparação da população para riscos, reforço do alerta precoce, reforço da capacidade de resposta do mecanismo de protecção civil e garantia de um sistema de protecção civil sólido.