A Associação dos Directores de Segurança de Portugal (ADSP) realizou ontem, em Lisboa, o seu jantar anual, tendo reunido mais de 80 profissionais do sector, entre entidades públicas e privadas, empresas e representantes de associações profissionais nacionais e internacionais e grupos parlamentares, entre outros. A Security Magazine esteve presente.
No arranque do evento, José Meneses, que assumiu há nove meses a presidência da associação, destacou o papel da ADSP ao longo dos seus 14 anos de actividade. Quanto ao trabalho desenvolvido ao longo dos últimos meses, sublinhou a criação da comissão multidisciplinar com vista à revisão dos estatutos da associações e à criação de um código de ética que se aplica aos directores de segurança associados da ADSP; a organização da palestra sobre tema “Gestão de Riscos e Segurança”; o debate online sobre a guerra na Ucrânia e efeitos para as empresas no âmbito da gestão de risco, assim como assinatura de protocolos de colaboração com ISG, Business Retreats , Fly Form e Microsegur.
“Uma das nossas lutas é que as forças e serviços de segurança reconheçam o director de segurança como um contacto privilegiado dessas forças e serviços”, disse. “Reforçamos que este profissional pode e deve ser aproveitado para o estabelecimento de pontes para futuras acções e iniciativas no âmbito da partilha de conhecimento em prol da melhoria e evolução da segurança privada, bem como para melhorar a comunhão entre os directores de segurança e forças de segurança, nomeadamente, na colaboração de grandes eventos”.
A ADSP, que passou a ter assento na reunião do Conselho de Segurança Privada, apresentou à tutela as preocupações na defesa do sector da segurança em geral e do impacto na carreira do director de segurança, “nomeadamente no que concerne à falta de empowerment que, por vezes, o director de segurança vai sofrendo. Nas empresas de segurança privada é uma realidade – o empowerment depende de empresa para empresa – e nos departamentos de segurança, foi visto com a última alteração, foi-se perdendo (…). Temos manifestação essa preocupação, como foi exemplo a última alteração da legislação que diz respeito às infra-estruturas críticas em que mostramos o nosso desagrado (…)”. Tendo a associação se debatido para que “o director de segurança não desapareça do diploma das infra-estruturas críticas (…)”. Sobre este tema, sublinhou que no último CSP, a ADSP teve “um feedback positivo”, havendo “abertura para pensar no assunto e reverter a situação”, tendo tal situação “sido transmitida pela secretária de Estado”.
Jornadas da Juventude: um desafio à segurança
Durante o jantar, Jorge Barradas, oficial da Guarda Nacional Republicana, nomeado para coordenar a equipa de segurança e protecção civil das Jornadas Mundiais da Juventude falou sobre os desafios colocados à segurança pelo evento. Como apontou, este evento movimentará até cerca de 1,6 milhões de pessoas. O evento juntará em Portugal jovens de todo o mundo de 1 a 6 de Agosto, “sendo que vai ser um desafio muito grande para as forças de segurança pública, bem como para todas as outras forças e serviços de segurança e próprias empresas de segurança. Os recursos não vão chegar, daí que muito de nós vão ser solicitados a colaborar e estar lado a lado”, apelou o responsável.
ADSP distingue profissionais
Durante o jantar, a ADSP entregou ainda os seus prémios anuais a alguns profissionais do sector que se destacaram ao longo do último ano.
Na categoria de “Promoção, Divulgação e Prestígio” foram distinguidos Filipa Moreira (Auchan) e o agente principal Jorge Santos, do departamento de segurança privada da DN PSP. Na categoria “Protecção de Pessoas e Bens” foram distinguidos os vigilantes Daniela Lopes e André Sousa (COPS) e Pedro Longa (SICOR) pelo apoio prestado durante a realização das suas actividades profissionais.
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