Bruno Bento, Portugal Regional Sales Manager, da Hikvision, avança à Security Magazine que o mercado da videovigilância nacional “continua numa fase de crescimento embora com segmentos bem distintos”. O responsável acredita que a câmara de videovigilância “é cada vez mais um device que, além da imagem, permite a utilização de analíticas que geram uma enorme quantidade de metadados utilizados para outras aplicações”.
Como avaliam o ano de 2021 e 2022 no mercado da videovigilância? Vai ao encontro das vossas expectativas?
Bruno Bento – 2021 foi um ano de recuperação “pós-COVID”, tendo-se assistido ao retomar de projectos adiados em 2020 pelos confinamentos resultantes da pandemia.
Em 2022, assiste-se ao surgimento de novos projectos, inovadores e diferenciadores, o que poderá perspectivar uma tendência de continuidade nesta recuperação mas “ameaçada” pelo clima político-económico internacional conturbado que, face ao continuo aumento de custos de matérias-primas, energia, transportes, etc., poderá inverter nesta dinâmica.
De uma forma geral, como avaliam o mercado português de videovigilância? (ex. principais sectores de actividade, exigências, crescimento, produtos mais procurados, concorrência, etc.)
O mercado português continua numa fase de crescimento embora com segmentos bem distintos. Por um lado, o mercado com maior foco no preço mais competitivo com gamas baixas/médias e, por outro lado bem distinto, a procura por soluções IoT, analíticas e para mercados verticais.
A instabilidade económica e a tendência de mercado para um preço baixo faz com que muitos fabricantes sigam com uma política de gamas baixas e competitivas para fazer face à enorme concorrência nesse segmento de mercado.
Contrariamente a isso, alguns fabricantes, aproveitando a rápida evolução tecnológica, desenvolvimento de analíticas e acompanhando a cada vez maior procura de soluções IoT, posicionam-se num segmento de mercado diferenciador e superior. É neste último segmento de mercado que a Hikvision, não descurando o outro, está posicionada.
Na vossa opinião, na hora de escolherem um novo produto, quais os critérios mais valorizados pelos vossos clientes?
Cada vez mais, o cliente procura qualidade, funcionalidade, robustez e, muito importante, a capacidade de analítica dos produtos.
Que tendências identifica neste segmento da videovigilância em Portugal e no mundo?
A utilização da videovigilância não apenas para security mas como uma ferramenta que permite melhorar a operacionalidade das instituição e a qualidade de vida.
Podemos considerar que uma câmara é cada vez mais um device que, para além da imagem, permite a utilização de analíticas que geram uma enorme quantidade de metadados utilizados para outras aplicações.
Que novidades apresentaram recentemente no mercado nacional de videovigilância e que outras novidades estão previstas para breve?
A rapidez com que a Hikvision apresenta novas soluções é impressionante devido à grande capacidade de desenvolvimento do R&D. Destaco o desenvolvimento de tecnologia termográfica certificada para deteção de incêndios, evolução da tecnologia ColorVu X para locais com muito pouca iluminação e, também a pensar na eficiência energética, a gama de câmaras alimentadas por energia solar, assim como a tecnologia inovadora de câmaras panorâmicas TadenVu, entre muitas outras.
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