O Axis Solution Day, organizado pela Axis Communications, decorreu a 20 de Setembro, em Lisboa. O evento contou com a presença de muitos profissionais do sector que rumaram até ao Oceanário de Lisboa para conhecerem algumas novidades da empresa em matéria de segurança electrónica.
As câmaras de videovigilância estiveram em grande destaque no evento, estando no local diversos equipamentos em funcionamento, permitindo aos visitantes uma interacção com os mesmos, tendo em vista a percepção de todas as suas valências. Palavras com integração, optimização de custos, analíticas de vídeo, inteligência artificial e deep learning marcaram o evento que reuniu, no mesmo espaço, revendedores, parceiros tecnológicos, consultores, integradores e clientes finais.
Confiança do mercado
À Security Magazine, Ricardo Pereira, Portugal Sales Manager da empresa, destacou que o mercado português tem-se “mostrado espectacular para a Axis”, sendo que a empresa tem crescido bastante nos últimos anos. “A pandemia criou aquela contenção, mais relacionada com a confiança do mercado do que com oportunidades de negócios, as quais continuaram a existir”.
Assistindo a uma forte receptividade do mercado às soluções e à marca, a empresa decidiu apostar neste evento em Portugal. “Quisemos reunir o máximo de soluções neste evento para que os clientes conseguissem identificar soluções para as suas necessidades do dia-a-dia”.
O responsável não esconde o contentamento com a realização do evento. “Não podiamos estar mais satisfeitos, pois as pessoas vieram com vontade e muito interesse, o que demonstra uma resposta espectacular por parte do mercado”.
Em relação ao mercado nacional, Ricardo Pereira destaca que a empresa continua tipicamente a ser vista como uma fabricante na área do vídeo, porém, diz, “o portfólio tem vindo a diversificar-se bastante, sendo que há muitas oportunidades de negócio que surgem através de outras soluções que não são core, ou seja, a câmara”.
Analíticas de vídeo marcam tendências
Como aponta o responsável, “o mercado tem sido muito alavancado pelas analíticas de vídeo”. A empresa continua com a sua aposta na capacidade de processamento on the edge, ou seja, as analíticas no dispositivo. “Estamos a renovar toda a nossa gama de produtos e a lançar novos produtos com capacidade deep learning no dispositivo porque esse tem sido um pedido dos nossos clientes”. Mais do que a imagem, “os clientes hoje querem perceber algo mais”, ou seja, ter acesso a mais dados e informação e capacidades, nomeadamente, o número de pessoas em determinado lugar, por exemplo. Os clientes procuram “fiabilidade e capacidade de escalabilidade (…)”.
Ricardo Pereira acredita que o mercado nacional “maturou bastante” e, apesar de as próprias analíticas terem limitações, os clientes “procuram encontrar soluções fiáveis e que tenham provas dadas no mercado”. O responsável acredita que o campo das analíticas é aquele “onde a evolução tem sido maior, galopante”.
Adaptar ao cliente
“Num país como Portugal, onde os orçamentos são limitados temos de ajudar os nossos clientes a trabalhar com essa realidade”, afirma Ricardo Pereira. Essa ajuda assenta sobretudo numa optimização dos custos associados ao investimento nestes produtos/dispositivos.
Como aponta, “conseguimos criar uma estratégia de abordar vários mercados e segmentos sem estarmos extremamente focado em apenas um porque o nosso portfolio permite-nos isso”. Em termos de sectores, retalho, infra-estruturas críticas e indústria são os que maior relevância têm para a empresa.
Mais soluções integradas
Pedro Alfaro, sales Engineering & Training Regional Manager, Southern Europe da empresa, destacou a inteligência artificial e cibersegurança como pontos de grande destaque para a empresa. O tema da cibersegurança está na estratégia da Axis há muitos anos. “Temos uma estratégia base há mais de 30 anos, sendo que tudo o que é desenhado tem a cibersegurança by design e só depois são adicionadas competências de software e hardware.
Para o responsável, hoje o mercado tem mais interesse em soluções integradas. “Os clientes procuram não apenas a videovigilância mas também o controlo de acessos integrado por vídeo, pensando em segurança, operações, gestão de pessoas e veículos”. diz.
Num mercado em constante evolução, a inovação é fundamental. “A inovação é metade da estrutura da empresa, a qual está dedicada ao desenvolvimento e investigação”, refere. Hoje nota que se assiste a diferentes tecnologias a trabalhar de forma inesperada em conjunto, dando como exemplo o radar ou o áudio que podem trabalhar conjuntamente com uma câmara.
Um outro foco da organização passa pela questão energética, a qual tem um peso cada vez maior nas organizações. “Um projecto quando é instalado tem uma vida útil de 10 ou 15 anos (…), a escolha de um mau produto tem um impacto ao longo desse período”. Neste sentido, diz, “temos de ter uma visão holística, desde o desejo, passando pela instalação, manutenção e toda a vida útil”.
Focar na optimização de custos
Sobre este tema Ricardo Marranita, Product Introduction Manager da Axis, destacou que em média uma câmara de videovigilância fica num cliente entre 5 a 10 anos, podendo até ser mais. Neste sentido, o investimento nestes dispositivos requer que as organizações tenham em consideração o TCO, ou seja, o custo total de propriedade, tendo em consideração os custos directos, indirectos e intangíveis.
O responsável destacou que actualmente a maior parte dos custos acontecem depois do inicio do sistema, com um total de 70%. “Quem consegue tirar maior rentabilidade do sistema é quem olha para todo o iceberg”.
O responsável deu vários exemplos onde a optimização de custos levou a reduções e poupanças significativas para organizações de vários sectores de actividade. Um destes casos focou uma Universidade italiana com 400 câmaras. Após a substituição das 400 câmaras por 200 multisensor Axis com o mesmo número de canais, a instituição passou dos 41.000 euros de custos de electricidade em cinco anos para 12.000.
Receita para a optimização de custos
O responsável que há vários anos se dedica à realização de estudos sobre o mercado, em matéria de optimização de custos, deixou à audiência alguns passos a seguir:
- escolher a câmara/dispositivo em função do valor que acrescenta
- calcular como o dispositivo influencia o resto do sistema
- rever os impactos que o sistema tem no negócio
- estimar o custo do user e manter o sistema a funcionar
- tomar a decisão que melhor combina todas as anteriores
No próximo dia 4 de Outubro, a empresa estará em Barcelona com mais uma edição do Axis Solution Day.
Se gosta desta notícia, subscreva gratuitamente a newsletter da Security Magazine e receba informações como esta no seu email.