Funeral da Rainha Elizabeth II marcado por elevadas preocupações de segurança

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O funeral da rainha Elizabeth II, que decorreu segunda-feira, contou com um forte dispositivo de segurança. A cerimónia contou com mais de  500 chefes de estado, de governo, monarcas ou representantes diplomáticos de todo o mundo e foi o maior desafio de segurança da cidade inglesa desde a Segunda Guerra Mundial.

Ao funeral marcaram presença mais de 2 milhões de pessoas que assistiram à passagem da urna da rainha. A força policial de Londres disse que o funeral da rainha foi a maior operação de segurança que alguma vez levou a cabo.

A cerimónia foi acompanhada pelas agências britânicas de inteligência nacionais e estrageiras que reviram potenciais ameaças terroristas. Além de atiradores furtivos posicionados nos telhados nas proximidades das cerimónias, aviões e helicopteros sobrevoaram a zona, acompanhados por 10.000 polícias uniformizados e milhares não uniformizados.

Terrorismo na mira

A polícia contou ainda com cães para detecção de bombas em áreas chave. Ataques terroristas estavam na mira das autoridades, sendo que as próprias multidões poderiam ser alvo dos mesmos. As autoridades instalaram barreiras de segurança extra de metal e betão para impedir a passagem de veículos, evitando ataques semelhantes aos vividos noutras cidades no passado.

A cerimónia contou com segurança privada para controlo da multidão. Destaque também para a Cavalaria Galesa e a presença da Força Aérea Real, com mais de 2.500 militares uniformizados que estiveram à disposição.

Destaque ainda para a criação de uma unidade especial apelidada de “Centro de Avaliação de Ameaças Fixas” responsável por monitorizar pessoas com obsessões potencialmente perigosas com a família real.

Controlar multidões

Uma das grandes preocupações nestas celebrações esteve relacionada com o potencial de lesões causadas por esmagamentos de pessoas. Na cidade foram criadas saídas e entradas únicas para ajudar a controlar o fluxo de pessoas, sendo que a rede de transporte da cidade estava preparada para encerrar algumas estações em caso de excesso de pessoas. Ao mesmo tempo, os agentes treinados em gestão de multidões fizeram um scan às multidões para detectar ameaças à segurança e comportamentos suspeitos.

Centro de operações especiais controlou toda a operação

Toda a operação de segurança foi controlada a partir de um centro de controlo de alta tecnologia perto da ponte de Lambeth, perto do parlamento. Esta sala de operações especiais contou com a presença de representantes da Polícia Metropolitana, serviços de emergência, agências de inteligência e autoridades locais.

“É uma sala enorme”, diz Nick Aldworth, o antigo coordenador nacional do contra-terrorismo do Reino Unido, que passou 36 anos no policiamento e nas forças armadas à “Wired”. Segundo aquela publicação, as equipas trabalharam em várias “cápsulas” e forneceram informações a um oficial superior da polícia que esteve no comando e tomou as decisões finais. A cada hora houve duas reuniões principais, onde as últimas actualizações foram partilhadas. O comandante geral teve conselheiros tácticos.

Este centro contou com um video hall, que transmitiram imagem de video, captadas por câmaras de videovigilância. Recorde-se que em Londres há cerca de um milhão de câmaras de CCTV, o que a torna numa das cidades mais vigiadas do mundo. Para este funeral foram instaladas câmaras extra móveis. Além disso, o centro foi apoiado por um segundo centro para o caso de existir alguma falha, nomeadamente energética.

As três forças policiais que operam na capital britânica – a Polícia Metropolitana, a Polícia da Cidade de Londres e a Polícia de Transportes britânica – iniciaram os seus planos em toda a cidade assim que a morte de Elizabeth II foi anunciada a 8 de Setembro.

As preocupações com a saúde são primordiais. Assim como os serviços oficiais de emergência, cerca de 2.000 voluntários e funcionários de St. John Ambulance prestaram apoio 24 horas por dia em Londres e Windsor.

Foram ainda realizadas inspecções de segurança contra incêndios em mais de 40 centros de transporte centrais chave e 160 inspecções de segurança contra incêndios por dia em hotéis, restaurantes, lojas e muito mais.

Os drones no centro de Londres foram temporariamente proibidos, e o aeroporto de Heathrow imobilizou dezenas de voos para que o ruído dos aviões não perturbasse o serviço funerário.

A polícia instalou mais de 36 quilómetros de barreiras no centro de Londres para controlar as multidões.

Os custos de segurança no funeral da rainha mãe, em 2002, foram superiores a 5 milhões de dólares. Já a segurança do casamento do príncipe William e de Kate Middleton, em 2011, ascendeu aos 7 milhões de dólares.

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