José Meneses assume presidência da direcção da ADSP

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José Meneses, director de segurança da Makro Portugal, assumiu ontem, durante a cerimónia de tomada de posse nos novos órgãos sociais para o triénio 2022-2025, o cargo de presidente da direcção da Associação dos Directores de Segurança de Portugal (ADSP).

Durante a cerimónia, Jara Franco, que agora deixa o cargo de presidente, agradeceu a todos os que durante os últimos 11 anos o acompanharam na Associação. “O que para mim foi mais relevante durante estes 11 anos foi, principalmente, a confiança que depositaram em mim (…) e a lealdade” de todos os associados.

O novo presidente salientou que a segurança está na ordem do dia, destacando a crise pandémica da covid-19 e a situação vivida na Ucrânia. “Somos diariamente condicionados e influenciados no nosso trabalho por estas situações, adaptando-nos com determinação e resiliência a estas novas realidades”, disse.

“Vivemos um momento raro e difícil do exercício da nossa profissão”, onde “a apreensão e a dúvida parecem ir e vir como flutuando ao sabor das marés atípicas destes últimos tempos. Haja esperança”, apontou.

José Meneses destacou a ética, transparência e estratégia que definem o caminho traçado pela ADSP. O responsável destacou a “ajuda fulcral” do superintendente Pedro Gouveia e da sua equipa para a conquista de um lugar no Conselho de Segurança Privada, abrindo caminho para a que outras associações pudessem fazer o mesmo.

Dignidade e reconhecimento dos directores de segurança

O novo presidente destacou a importância da ADSP na sociedade, e na segurança em geral (pública e privada), bem como o seu papel na sedimentação de uma cultura de segurança e de uma ética deontológica do director de segurança na sociedade portuguesa, elevando os padrões de conhecimento, prestígio profissional e reconhecimento profissional destes profissionais.

Os novos corpos sociais propõem, durante os próximos três anos, reforçar a dignidade e reconhecimento dos directores de segurança em Portugal.

“As alterações legislativas mais recentes não têm sido convergentes com os anseios e ambições no sentido do reconhecimento dos profissionais que, ao longo dos anos, têm vindo a prestar um relevante serviço no sector da segurança em Portugal”, disse.

Um desses exemplos, é a diferença da designação de director de segurança, que desempenha funções nas empresas de segurança privada, e de um responsável de segurança, que desempenha funções de segurança nas empresa do sector público ou privado com necessidades de segurança. “Não é este o empowerment que o director de segurança deve ter nas empresas com necessidades de segurança”, referiu.

José Meneses destacou ainda como exemplo a não obrigatoriedade das infra-estruturas críticas terem um director de segurança, tal como acontece noutras áreas de negócio, nomeadamente a distribuição e a área financeira.

Também a questão salarial está entre as preocupações nos novos órgãos sociais da ADSP, nomeadamente devido à não existência de um valor de referência salarial, o que leva a diferenças salariais nas várias empresas que contratam estes profissionais.

 Além de José Meneses (Makro Portugal) , que passa a presidir à direcção da ADSP, na vice-presidência encontra-se António Valente (Metropolitano de Lisboa). Da direcção fazem ainda parte Paulo Martins (Makro Portugal e Argêntea), Armando Martinho (Groundforce), Francisco Oliveira (UAL), Rui Santos (Carrinho-Angola), Lino Gonçalves (Springparty), Marcos Alexandre (Corinthia), João Almeida (RTP), Marcelo Monteiro (Grupo Pestana), Rui Pereira (SCP), Manuel João (ICTS) e Carina Ferreira (Factor-X).

A Assembleia Geral conta com a presidência de Jara Franco (SICOR) e vice-presidência de Artur Cerejo (CP). A Assembleia Geral é integrada ainda por Silvestre Machado (Auchan Retail Portugal), Mário Silva (ex-CTT) e Álvaro Santos (Centro Hospitalar Lisboa Central).

Por fim, o Conselho Fiscal é presidido por Jorge Batalha (APDPO) e conta ainda com Joaquim Gomes (Piauhy Labs Portugal), Rui Pimenta (UAL), Fernando Lopes (Prosegur) e Óscar Ribeiro (ex-REN).


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