“A cibersegurança de OT continua a ser largamente negligenciada”

Cibersegurança e InfoSec Notícias

A Eaton analisou os principais factores que determinarão a abordagem da segurança dos edifícios nos próximos meses, ainda dominados pelo impacto da pandemia.

Nos últimos meses, a segurança dos edifícios comerciais tem-se concentrado claramente em garantir a saúde das pessoas e em limitar a transmissão de Covid, com intervenções destinadas, por exemplo, a melhorar a ventilação das instalações ou a garantir distâncias seguras.

“A tendência a que assistimos na mudança de utilização de edifícios, devido a novos hábitos como o teletrabalho ou o aumento do comércio electrónico, levou a uma menor procura de bens para escritórios ou lojas físicas em favor de edifícios para uso residencial ou actividade logística”, refere.

Estas alterações na disposição ou utilização de um edifício devem ser tidas em conta na avaliação dos riscos.

“Desde o início da pandemia, muitos proprietários de edifícios comerciais foram obrigados a fazer intervenções para assegurar a saúde dos empregados e visitantes, em alguns casos alterando a disposição das próprias instalações. Do mesmo modo, a mudança de utilização dos edifícios resultou numa mudança nas suas necessidades de segurança.  Isto implica a necessidade de reavaliar os riscos, tendo em conta aspectos como a detecção e alarme de incêndios, sinalização de saída e arranjos de iluminação de emergência”, diz José Antonio Afonso, responsável do segmento de Commercial Buildings da Eaton Iberia.

A questão da cibersegurança
Outro aspecto chave da segurança de edifícios é a avaliação dos riscos de cibersegurança. Os sistemas inteligentes podem tornar-se pontos vitais de falha na estrutura de um edifício, tais como painéis de distribuição de energia elétrica e equipamento HVAC. Isto torna essencial a proteção das redes OT que controlam o mundo físico.

 “As organizações estão agora plenamente conscientes da importância de proteger os seus sistemas informáticos, mas a cibersegurança de OT continua a ser largamente negligenciada. É importante que, à medida que as infraestruturas industriais se tornam muito mais interligadas umas com as outras, as empresas assegurem que as normas e as melhores práticas estejam em vigor para manter também a tecnologia operacional segura”, continua José Antonio Afonso. 


Em última análise, a segurança dos edifícios tenderá a ser abordada com uma abordagem holística, incluindo todos os riscos a que estão expostos, independentemente da sua natureza. Na mesma linha, “é provável que novos incumprimentos e normas de segurança sejam desenvolvidos num futuro próximo” refere a empresa.

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