A NEC Corporation anunciou recentemente o desenvolvimento de uma “tecnologia de detecção de objectos baseada em aprendizagem profunda gradual”.
A NEC pretende comercializar esta tecnologia no ano fiscal de 2022, na sequência de investigação e desenvolvimento adicionais.
Esta tecnologia permite aumentar até oito vezes a velocidade de processamento da detecção de objectos em grandes volumes de imagens, mesmo em dispositivos edge com capacidade de processamento limitada, refere em comunicado.
Espera-se que a analítica de vídeo seja utilizada numa vasta gama de aplicações, tais como análise das imagens de veículos em cruzamentos, otimização do controlo de tráfego, e análise das imagens provenientes de câmaras instaladas em lojas e armazéns para detetar intrusões ou otimizar a gestão das instalações.
Para realizar estas analíticas de vídeo em tempo real, o ideal é processá-las num dispositivo edge perto de um sensor, tal como uma câmara, aponta a empresa.
No entanto, como o arrefecimento é difícil de gerir e o consumo de electricidade é limitado nos dispositivos edge, os processadores de alto desempenho, tais como GPUs utilizados em servidores de alto desempenho, não estão disponíveis, e a capacidade de processamento fica limitada.
Na analítica de vídeo, o software de detecção de objetos, que utiliza aprendizagem profunda (doravante “modelo IA de detecção de objectos”), realiza o processamento de detecção para encontrar o objecto a ser analisado a partir de imagens capturadas por uma câmara.
No entanto, como os modelos IA para detecção de objectos com alta precisão requerem uma grande quantidade de operações, é difícil para os dispositivos edge processar uma grande quantidade de imagens devido a restrições na sua capacidade de processamento. Se a quantidade de operações de um modelo IA que muito rapidamente seja capaz de detectar objectos for reduzida, por exemplo, a precisão diminui, e os requisitos de rigor no reconhecimento resultante da análise das imagens não serão satisfeitos.
Empresa aposta no desenvolvimento de uma tecnologia de autenticação biométrica
A empresa anunciou também recentemente o desenvolvimento de uma tecnologia de autenticação biométrica segura que permite aos utilizadores autenticarem-se com informação facial encriptada. Esta tecnologia “reduz o risco de utilização indevida se a informação facial for divulgada e contribui para a expansão de casos de uso de autenticação biométrica segura”, diz a empresa em comunicado.
Com a aplicação desta tecnologia, “todas as informações de rosto tratadas pelos prestadores de serviços são encriptadas”. Portanto, “mesmo que as informações de rosto encriptadas sejam divulgadas, o risco da sua utilização impropria é baixo”.
Além disso, “uma vez que os utilizadores têm uma chave secreta para a desencriptação, os prestadores de serviços não podem desencriptar a informação facial, permitindo que os utilizadores aproveitem com tranquilidade o serviço de reconhecimento facial”.
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