A Agência Europeia GNSS (GSA) publicou, recentemente, o seu último Relatório de Tecnologia do Utilizador GNSS, fornecendo uma análise abrangente das últimas tendências e desenvolvimentos do GNSS.
Com quatro Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS) disponíveis e mais de 100 satélites em funcionamento que emitem múltiplas frequências, a indústria GNSS está a mudar para a adopção generalizada de receptores multifrequências em segmentos de mercado para satisfazer as necessidades divergentes dos utilizadores das aplicações emergentes.
O Relatório conta com as contribuições dos principais receptores GNSS, fabricantes de chipsets e fornecedores de serviços, e serve como uma ferramenta valiosa para apoiar o planeamento e a tomada de decisões no que diz respeito ao desenvolvimento, aquisição e utilização da tecnologia GNSS. Publicado bienalmente desde 2016, o Relatório de Tecnologia do Utilizador tornou-se um ponto de referência para a indústria, investigação e decisores políticos do GNSS.
“A indústria GNSS está a evoluir a um ritmo rápido e é moldada pela dinâmica das aplicações emergentes e pelas necessidades dos utilizadores, bem como pela actualização dos actuais e novos Sistemas de Reforço de GNSS e Satélites (SBAS). A indústria tem compreendido o potencial das características únicas do Galileo”, disse Rodrigo da Costa, Director Executivo da GSA.
A terceira edição do relatório começa com um capítulo dedicado às tendências tecnológicas comuns a todos os segmentos, seja na concepção do receptor, no processamento da posição ou no processamento do sinal. Discute também as medidas de protecção contra interferência e falsificação do GNSS, tais como autenticação, incluindo o que – em combinação com o GNSS- 5G e outras tecnologias e sensores podem fazer.
A indústria está a avançar para a adopção generalizada de receptores multifrequência, mesmo para soluções de consumo normalmente limitadas em termos de energia e custos. O Galileo E5 está a tornar-se a frequência preferida com cerca de 20% de todos os modelos de receptores no mercado que já o utilizam.
“Hoje em dia, o Galileo e o EGNOS já fornecem capacidades acrescidas que estão a ser utilizadas numa vasta gama de aplicações, e já estão a acender a próxima geração de aplicações baseadas na localização. No futuro, novos serviços como o Serviço de Alta Precisão Galileo (HAS), a Autenticação de Mensagem de Navegação de Serviço Aberto Galileo (OS-NMA) e o Serviço Comercial de Aumento (CAS), irão aumentar ainda mais a precisão e a fiabilidade, e melhorar drasticamente as soluções de posicionamento, navegação e cronometragem para empresas e cidadãos. Trazendo uma visão e compreensão das evoluções da tecnologia GNSS, estamos a criar oportunidades de inovação”, concluiu da Costa.
O relatório pode ser consultado aqui.
