“Todos os profissionais (de segurança) devem preparar-se e orçamentar os resultados com o «marmoto» de crimes” previsto para último trimestre de 2020 e o ano de 2021, diz a ISIO, International Security Industry Organization. A 28 de Fevereiro deste ano, a ISIO alertou os seus membros para considerarem a orçamentação para o covid-19 considerando a tecnologia, o equipamento e a mão-de-obra qualificada. A organização está agora a alertar os seus membros para considerarem a mesma situação até ao final do ano e 2021.
Esta situação tem em conta a próxima fase de múltiplas ameaças relacionadas com os Covid-19, assim como com o colapso económico e / ou agitação civil.
“Não houve muito crime durante os lockdowns, mas agora haverá um aumento da criminalidade e métodos criminosos que muitos poderiam considerar chocantes”, diz.
Segundo a ISIO, os profissionais estão a lidar com múltiplas ameaças:
- Uma segunda vaga de uma ameaça biológica activa que requer protocolos de segurança para tecnologia, equipamento e mão – de -obra
- métodos crescentes e invulgares de criminalidade que visam a cadeia de abastecimento relacionada com necessidades básicas e novas necessidades
- crime relacionado com o colapso económico onde em alguns países será negligenciável e noutros impossível de gerir
- crime crescerá drasticamente independentemente da localização, nomeadamente ao nível da corrupção e fraude
- incidentes relacionados com desobediência civil entre grupos pró-nacionalistas, pró-revolucionários e ataques transculturais
- ataques a imigrantes que aceitam empregos
Profissionais de segurança enfrentam novos desafios
“Os profissionais de segurança têm excesso de trabalho, são subvalorizados e mal pagos”, diz também a organização. Como aponta, estes “são responsáveis pela vida, seja de um país, uma cidade, um bairro, um departamento de estado, uma empresa”.
“Têm de lutar contra o cibercrime, ameaças internas, fraude, corrupção, danos à reputação, avaliações de risco, investigações, intimidação, chantagem, extorsão, a captura pelo crime organizado transnacional e local, crime de gangs, desobediência civil, populações desesperadas e voláteis, gestão de emergência, e agora uma pandemia com resultados mortais”. Estas são apenas algumas das questões que apontam para o vasto leque de preocupações com que um profissional pode ter de lidar. Como é que conseguem ultrapassar tudo isto? – questiona a ISIO.
A organização alerta para a ansiedade, o síndrome da avestruz e o aumento dos medos que afectam os profissionais da segurança.
Vivem com a ansiedade
- de não saberem como lidar com a pandemia e a população
- não serem capazes de identificar novo crime que acontece debaixo do seu nariz
- não saberem por onde começar, como fazer e o que fazer
- sentirem-se inadequado
- estado de saúde
- insegurança financeira
Sindrome da avestruz
- passar a batata quente para outro
- desviar a atenção através da aquisição de informação irrelevante para o aqui e agora ou para objectivos futuros.
Agravamento dos medos
- comprou equipamento ou tecnologia recentemente para limitar os danos colaterais para detecção de temperatura, máscaras e viseiras e descobre agora que são de qualidade inferior, ilegais ou banidas/proibidas
- As tecnologias estão a entrar no mercado, como a IA, afirmando que têm a solução, contudo, algumas soluções que estão a ser promovidas para gerir o Covid-19 são fictícias por inúmeras razões. Em algumas situações o desenhador da tecnologia não tem a mínima ideia da natureza desta solução e baseia o seu design em dados parciais ou conectados com outras soluções inferiores, ilegais ou proibidas
- comprometer o local com infecções e a sofrer um dano na reputação, além de as empresas terem de fechar as suas portas por uns dias ou para sempre
O tempo a esgotar-se para corrigir os problemas
– Não há tempo para obter informação de confiança rapidamente
– Não saber a quem ligar ou não querer ligar aos outros por medo de se sentir inadequado e de ser desrespeitado pelos outros
As competências utilizadas anteriormente podem não ser relevantes agora
Anteriormente eram utilizados investigadores de crimes, mas estes só são chamados após o facto. Os investigadores de segurança/criminologia também são chamados após o facto, mas precisam de fazer mais. Precisam de identificar questões que são desconhecidas. O maior pesadelo é não saber o que está realmente a acontecer no terreno. Além disso, existem agora motivações distintas no ambiente que irão quebrar o código moral do pessoal de confiança, onde é necessária uma maior diligência, supervisão e governação.