A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) prepara-se para avançar com um projecto para melhorar a segurança e eficiência a prestação dos cuidados de saúde. O projecto está focado na identificação dos Utentes; Segurança do Medicamento e Intervenções de Enfermagem.
No seguimento da candidatura a SAMA, do projecto de Segurança e Eficiência na Prestação dos Cuidados na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E – no âmbito da administração do medicamento, Intervenções de Enfermagem, Segurança Transfusional e Gestão Logística do Medicamento, a ULSAM pretende “implementar um sistema que centralize e permita o acesso à informação clínica do utente, a utilização e partilha dos dados com profissionais de saúde de diversas áreas e a sistematização dos mesmos, homogeneização de práticas e informação recolhida a nível nacional, tornando a actuação dos profissionais de saúde mais eficaz e eficiente, fazendo com que desempenhem melhor o seu papel na equipa multidisciplinar, possibilitando, desta forma, um melhor apoio, assistência e acompanhamento ao utente”, indica no caderno de encargos do concurso público recentemente lançado.
A solução a implementar contempla a Identificação dos Utentes; Segurança do Medicamento; Intervenções de Enfermagem; Dispositivos móveis Android de 5’’ ou 5,5’’ com norma IP64.
Todas as componentes para prestação de cuidados clínicos deverão funcionar nos dispositivos móveis a fornecer no âmbito do presente procedimento. Os sistemas têm que ficar integrados (com bidirecionalidade) com o sistema de gestão de doentes/clínico – SONHO v1/SClínico (SPMS) através da plataforma LIGHt, com o sistema de gestão logística e de farmácia – SGICM e com o sistema de suporte ao serviço de Imunohemoterapia – SIBAS.
Ao nível da identificação de utentes, a ULSAM pretende obter e melhoria a uniformização do processo de identificação através da aquisição de pulseiras para doentes com códigos de barras.
Já ao nível da segurança do medicamento, a ULSAM pretende implementar uma ferramenta com recurso a terminais móveis para controlo integrado do circuito de medicamento, nomeadamente recepção, registo de consumo nos armazéns avançados (consumos registados em tempo real ao armazém de farmácia, sendo os stocks repostos sem necessidade de requisições), fecho do circuito do medicamento com a administração junto à cabeceira do doente (sistema garante que os medicamentos são administrados ao doente certo, na hora, via e doce certas).
Como aponta, “pretende-se alcançar uma melhoria e optimização dos processos através da implementação de um novo modelo que visa dotar o armazém central de farmácia de um melhor processo logístico, visando ainda optimizar o consumo dos medicamentos e produtos farmacêuticos através da imputação, aquando da utilização efectiva nos serviços clínicos ou aquando do consumo ao doente”.
Além disso, a reorganização da gestão e movimentação dos medicamentos e produtos farmacêuticos no armazém central e nos armazéns avançados irá possibilitar “uma gestão eficiente e compreensiva de todo o processo logístico”, incluindo a localização por artigo, definição de rotas de picking, introdução de localização de artigos, identificação por códigos de barras e definição de níveis óptimos de stocks.
O projecto inclui ainda a componente de administração segura de medicamentos à cabeceira do doente, através da leitura de códigos de barras impressos no processo de rotulagem/etiquetagem na farmácia. A identificação positiva do doente será efectuada através da leitura da pulseira de identificação, colocada na admissão, na qual estará impresso o código de barras com o número e processo do doente. O sistema a implementar permitirá transformar erros de administração em quase-erros, através da gestão de alertas em caso de medicamento não prescrito,
tentativa de sobredosagem, medicamento expirado ou lote para recolha.
No caso da intervenção em enfermagem, o projecto contempla o aumento da eficiência no processo de intervenções de enfermagem, através da desmaterialização de registos, redução do tempo envolvido, eliminando transcrições e a consequente redução do erro, aumento da segurança na colheita de amostras para provas pré-trasnfusionais, aumento da segurança na administração de componentes sanguíneos.