“Wuhan é uma das maiores áreas metropolitanas da China com forte carácter industrial no nosso sector de actividade – Equipamentos de Protecção Individual – conhecida por concentrar 70% da fabricação mundial de fatos e máscaras descartáveis”, começa por esclarecer a empresa portuguesa MM Protek, em comunicado.
Com as medidas que têm sido tomadas pelo Governo chinês para fazer frente ao vírus, os impactos começam a fazer-se sentir um pouco por todo o mundo. Como refere a MM Protek, “as primeiras medidas afectaram a produção e exportação de materiais descartáveis com o objectivo de satisfazer a enorme necessidade interna”. Como consequência, “os 17 maiores produtores destes materiais foram proibidos de realizar as suas exportações”, aponta a empresa.
Também a OMS já tomou medidas de condicionamento da mobilidade de pessoas e bens.
Na sequência destas medidas, a MM Protek esclarece que “os fornecedores de itens descartáveis – máscaras, luvas, fatos -, não planeiam produzir estes materiais para exportação até ao final de Março, afectando a disponibilidade de stock até depois do verão”.
A empresa salienta que existem outros países asiáticos com fábricas a operar neste sector, como o Paquistão, Índia e Vietname, as quais são fornecidas pela China em matérias-primas. Estas fábricas “estão a adoptar medidas de forma a serem fornecidas localmente para poderem continuar com o seu serviço”.
Porém, aponta, “estas alterações podem afectar o fornecimento dos descartáveis, como atrasos nas entregas e aumento de preços no curto prazo“.
A empresa sublinha o compromisso com o fornecimento dos clientes, porém, alerta para a necessidade de “todos estarmos conscientes das actuais condições de produção/consumo mundiais e da necessidade de medidas pontuais de superação de rupturas de stock de alguns artigos”.