Nos últimos 24 meses e, de acordo com os decisores de IT das empresas europeias, mais de metade (54%) das organizações enfrentaram vários ciberataques.
As suas consequências mais referidas foram: interrupção do serviço/atividade (31%), problemas com segurança de dados (18%) e perda de dados (15%).
Organizações no Reino Unido e Espanha enfrentam os maiores riscos, com 64% dos inquiridos a confirmar as suas experiências nos últimos dois anos. Apesar de tradicionalmente terem orçamentos superiores em comparação com as PMEs – 64% das empresas enfrentou um ciberataque com os resultados acima mencionados, face a 45% por parte das PMEs.
E essa ameaça não está a diminuir. Quase um em cada cinco inquiridos (21%) refere que o número de ciberataques contra a sua empresa aumentou nos últimos 12 meses, em comparação com o ano anterior; enquanto 42% salientou que se manteve estável. Além disso, a complexidade dos ciberataques continua a crescer, com um em cada cinco responsáveis de IT, a mencionar que os hackers não deixam nenhuma pista no ataque sobre a sua identidade.
Com uma grande quantidade de dados confidenciais que inundam o mundo dos negócios, é vital para as organizações descobrir as falhas de segurança o mais depressa possível e
responder de forma imediata e eficaz a este problema. Pouco mais de dois terços das organizações europeias (72%) analisadas encontrou uma falha de segurança em oito horas ou menos, enquanto 25% refere que não toma medidas durante as primeiras horas do ataque, pois só descobrem que foram atacados tempo depois.
Como referido em pesquisas passadas, a rapidez da detecção do ataque é crucial para reduzir o impacto financeiro do mesmo: uma deteção imediata significa um custo de recuperação de cerca de 400 mil euros, em comparação com 1 milhão de euros de custo para as empresas que demoram mais de uma semana a detectar que uma ameaça invadiu o seu sistema.
“É extremamente preocupante pensar que mais da metade das empresas em toda a Europa sofreu um ciberataque nos últimos 24 meses, interrompendo a sua atividade ou provocando
outro tipo de danos. A hipótese de um ataque ser bem-sucedido, não apenas uma tentativa, têm aumentado até 50%. Esta informação devia ser uma chamada de atenção para os
empresários e responsáveis de IT reforçarem a sua proteção, afirma Alfonso Ramírez, director-geral da Kaspersky Lab Iberia.
Os resultados da pesquisa também confirmaram outra tendência para a qual a indústria de cibersegurança tem vindo a alertar há algum tempo: os hackers estão escondidos dentro da empresa e, às vezes, deixam poucas pistas ou mesmo nenhumas, o que dificulta o trabalho dos investigadores e sublinha a importância da cooperação entre os profissionais de cibersegurança.