Conferência Proteger 2018 regista 2000 participantes

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A 6ª edição da conferência de segurança Proteger, organizada a cada dois anos pela APSEI (Associação Portuguesa de Segurança), contou com um registo de 2000 participantes inscritos, os quais visitarão o evento ao longo dos três dias. A Proteger 2018 arrancou na quarta-feira e termina amanhã. Além dos conferências e workshops, marcam presença na edição deste ano 40 expositores de diversas vertentes da prevenção e segurança.

Na sessão solene de abertura, Carlos Dias, presidente da APSEI, destacou aquela que é hoje uma das questões que mais preocupa o sector e que a APSEI considera fundamental para a promoção dos locais de trabalho seguros e saudáveis: a necessidade de uma avaliação da organização dos serviços de segurança e saúde no trabalho, cuja implementação pelos organismos competentes é aguardada com expectativa.

“Os resultados desta avaliação serão um ponto de partida necessário para iniciar uma reflexão conjunta, entre entidades públicas e privadas, sobre as alterações que podem contribuir para a melhoria das condições de trabalho”, acrescentou Carlos Dias. “Da parte da APSEI estamos disponíveis para continuar a aprofundar o relacionamento com as entidades oficiais e outras organizações que connosco partilhem o objectivo de incrementar a prevenção e a promoção de uma cultura de Segurança integrada”, disse.

À Security Magazine, Carlos Dias salientou ontem que “todos os partrocinadores se mostram muito satisfeitos, registando um número elevado de negócios e projectos – um dos principais motivos que leva a APSEI a organizar a Proteger”. Além disso, destacou “a qualidade elevada dos oradores das conferências, o que leva a que a maior parte dos seminários esteja cheia”. Carlos Dias acredita que “o mercado entendeu que esta edição da Proteger é técnica, para profissionais, os quais se revelam muito entusiasmados”. Relativamente à sensibilização dos profissionais para as questões da segurança, o responsável nota que “o sector está mais desperto, há mais legislação e práticas, e é visível o interesse por parte dos participantes dos seminários em questionarem os oradores no sentido de se inteirarem das boas práticas em determinadas matérias”.

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Já no que toca à sensibilização da sociedade civil, o presidente da APSEI considera que é importante transmitir cada vez mais informação aos portugueses, de forma genérica, e não apenas aos decisores. Porém, a considerar os números divulgados pela inspectora-geral do ACT na Proteger deste ano, a qual apontou para uma redução de 14% dos acidentes de trabalho no último ano, Carlos Dias acredita que a mensagem está a ser transmitida. No entando, destacou que “estamos a falar de pessoas e as pessoas podem correr riscos. Se tiverem formação e informação cometerão muito menos erros”, disse.

Os novos órgãos sociais da APSEI para o triénio 2018-2021 foram eleitos em Abril deste ano. Carlos Dias defendeu que a APSEI está ao serviço dos associadas e esse é o seu propósito. Neste sentido, apelou para que os não associados se juntem à APSEI. “Os desafios são grandes e apenas de forma unida conseguimos ser mais fortes, chegar mais longe, de forma mais rápida”.

Quanto ao trabalho desenvolvido, disse que a “A APSEI sempre esteve muito ligada à segurança electrónica”, mas, esclareceu que a actual realidade é muito mais abrangente. “Temos áreas como a segurança e saúde no trabalho, transporte de mercadorais perigosas, segurança activa e passiva e trabalhos em altura – um novo núcleo”. Como defendeu, “queremos que todas as áreas estejam reflectidas na APSEI, queremos dar voz a essas pessoas que necessitam que a APSEI seja uma ferramenta junto das instituições governamentais, dos media e da sociedade”.

Carlos Dias defendeu que “Portugal precisa de um país mais seguro. Nós vendemos segurança e, nesse sentido, a APSEI é uma ferramenta ideal, tanto ao nível dos portugueses e empresas de segurança, como das entidades, os quais podem contar com a APSEI como uma plataforma de distribuição de conhecimento”. Num mundo de “muitos desafios”, o próximo ano “será seguramente diferente do que era há uns tempos”. A associação irá manter o seu foco na formação e na realização de protocolos com universidades, até porque estamos diante de uma nova geração (millenials), com novas formas de contacto e diferentes necessides de segurança. “Queremos apostar em mais cursos, conteúdos diversificados, ajustamento de conteúdos e estabelecimento de protocolos com instiuições estrangeiras”, avançou, acrescentando que, durante a Proteger, a APSEI esteve em reuniões com a potencial associação angolana de segurança, que está a ser preparada, e que pediu à APSEI ajuda para a realização de uma Proteger em Luanda. A somar a estes projectos, Carlos Dias salientou o papel da APSEI na internacionalização das empresas portuguesas. “Estamos a preparar vários protocolos de internacionalização e a apostar na criação de grupos de empresas com know-how português. A APSEI tem de ser a base que possa alavancar a internacionalização das nossas empresas, e é aí que estamos a apostar cada vez mais”.

A próxima edição da Proteger decorre em 2020, em local a confirmar.

[NOTÍCIA ACTUALIZADA COM MAIS CONTEÚDO ÀS 17:45, 14/11/2018]