A Aliança Portuguesa de Blockchain assinou um protocolo com o grupo Almedina. Através deste protocolo será lançado um desafio que terá como objectivo descobrir como podemos utilizar a Blockchain para tornar a produção de conteúdos e as questões relacionadas com a autoria mais fiáveis e proteger a autenticidade do conteúdo dos autores e a segurança online.
A primeira fase deste desafio termina no final de Novembro e as equipas interessadas podem inscrever-se no site da Aliança Portuguesa de Blockchain .
Rita Pinto, administradora executiva do grupo Almedina, fundado em 1955 e actualmente constituído pelas Editoras Almedina, Edições 70, Actual Editora, a chancela Minotauro e uma rede de 12 Livrarias e a Almedina Brasil, explica que “fruto das fragilidades das ferramentas actualmente disponíveis, há um natural desconforto em relação à disponibilização de conteúdos de autor em plataformas digitais. Acreditamos que a Blockchain nos poderá apoiar nesta transformação, trazendo mais transparência e segurança a todo o processo, garantindo a autenticidade e rastreabilidade dos conteúdos, bem como a sua monetização. A parceria com a Aliança Portuguesa de Blockchain é uma prova clara do nosso empenho em continuar a prestar um bom serviço a todos os stakeholders, independentemente do formato em que o conteúdo é disponibilizado”.
“Esta é mais uma prova de que o Blockchain irá impactar os mais variados sectores e não apenas
os que tradicionalmente se pensa, como a banca ou os seguros”, afirma Rui Serapicos, da
Aliança Portuguesa de Blockchain. “O grupo Almedina, fazendo jus à sua visão de ser uma
fonte de conhecimento, de referência e especializado, está desde cedo com os olhos postos na
adopção desta tecnologia para melhorar o seu negócio e fazer face aos desafios actuais do
mundo editorial”.
O desafio proposto pelo grupo Almedina tem por base a fase crítica que atravessamos
relativamente à web, existindo uma crescente insatisfação com a quantidade de desinformação
que é partilhada online – um fenómeno recentemente identificado como fake news.
Com este desafio, o grupo espera ajudar as pessoas a produzir, consumir e a conseguir um melhor acesso a informação de alta qualidade, melhorar a precisão do conteúdo, notícias e informação online, melhorar a sensibilização para a desinformação online, fazer com que os produtores de
conteúdo se sintam mais seguros online ou, por exemplo, tornar os produtores de conteúdo mais atentos à forma como o seu conteúdo está a ser utilizado.
Este desafio procura ainda identificar, definir e predizer fontes falsas, mas também providenciar um meio para verificação de factos da informação presentes no conteúdo antes de avançar para a sua publicação, assim como construir ferramentas e serviços que alertem os autores para vulnerabilidades no processo de autoria, por exemplo.